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sexta-feira, 21 de março de 2008

JUDÔ- NUNCA FOMOS TÃO FORTES


A Confederação Brasileira de Judô anunciou os 14 judocas que irão disputar a Olimpíada de Pequim. Apenas a pesado Priscila Marques precisa garantir a vaga no Pan-Americano em maio. Os outros 13 judocas só perdem a vaga por contusão. É a equipe de judô mais forte que o Brasil formou na história. A expectativa é de conseguir pelo menos 3 medalhas em Pequim, sendo uma de ouro.

O principal judoca e grande esperança do primeiro lugar é o meio-médio Tiago Camilo. Prata em Sydney 2000, Tiago teve um 2007 maravilhoso. Foi campeão mundial e pan-americano, aniquilando seus adversários. Eu o apelidei de " Mike Tyson dos tatames" por não dar a menor chance aos oponentes. Em 2008 sofreu duas derrotas em etapas da Copa do Mundo, mas está no auge da forma e focado no ouro olímpico.

Outros 3 judocas do masculino tem boas chances de medalha. O gaúcho João Derly é bicampeão mundial e irá estrear em Olimpíada. Se conseguir se manter no peso, pode brilhar. O meio-pesado Luciano Correa ( foto) surpreendeu o mundo ao também conquistar o título mundial em 2007. Ele é um judoca de uma garra impressionante, que sufoca o adversário até o último segundo da luta. Já o leve Leandro Guilheiro foi bronze na Olimpíada de 2004. Depois de enfrentar contusões por um longo período, vem se recuperando e pode brilhar novamente. Completam o time masculino o ligeiro Denílson Lourenço, o médio Eduardo Santos e o pesado João Gabriel Schlittler.

O judô feminino nunca conquistou medalhas olímpicas. Para quebrar o tabu, as apostas ficam em duas jovens atletas que foram muito bem em etapas da Copa do Mundo, no mês passado. A médio Mayra Aguiar foi ouro e a ligeiro piauiense Sarah Menezes bronze. Outra forte concorrente é a interminável Edinanci Silva, em sua terceira Olimpíada. Edinanci é muito instável, mas pode acertar um bom dia e trazer medalha. Completam o time feminino a meio-leve Érika Miranda ( destaque no último Pan), a leve Ketleyn Quadros, a meio-médio Danielli Yuri e a pesado Priscila Marques.

Uma boa participação olímpica no judô depende fundamentalmente do sorteio das chaves. Quem tiver sorte e fugir de japoneses, coreanos, franceses e lutadores do leste europeu nas primeiras lutas, tem maiores chances de vitória.

Para convocar a seleção, a Confederação levou em consideração a participação dos atletas em competições no início deste ano e no mundial 2007. Assim, atletas experientes como Danielle Zangrando e Vânia Ishi, que não atravessam grande fase, ficaram fora.

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