Terminada mais uma Olimpíada, o Brasil ficou com 15 medalhas, igualando o número de Atlanta 1996. Foram 3 de ouro, 4 de prata e 8 de bronze. O número de medalhas era o previsto. O que ficou faltando foi mais uma medalha de ouro. O Brasil terminou em 23° lugar, sendo que em Athenas 2004, terminamos em 16°. Se mais um ouro tivesse acontecido, o Brasil terminaria em 17°, acalmando muitos críticos.
Duas das três medalhas de ouro acabaram sendo inesperadas. Cesar Cielo estava entre os prováveis medalhistas, mas poucos imaginavam que o garoto de Santa Bárbara pudesse chegar ao topo. O mesmo com Maurren Maggi. Suas marcas em 2008 criavam expectativa de medalha, mas o ouro foi superação. Só o vôlei feminino , graças ao brilhante trabalho das atletas e principalmente do técnico José Roberto Guimarães, foi a conquista menos surpreendente. Três ouros que eu acreditava serem certos não vieram e atrapalharam o Brasil no quadro final: o do vôlei de praia masculino ( em que a competição não estava tão forte), o de Diego Hipólito na ginástica e de algum judoca ( já que entramos com 3 campeões mundiais).
Em relação a última Olimpíada ficamos a frente no quadro de medalhas de Cuba ( não ganhou nenhum ouro no boxe) e Grécia ( pífia participação após ser sede). Também superamos países de primeiro mundo como República Tcheca, Suécia, Nova Zelândia e Bélgica. Em relação a 2004, fomos superados por Holanda, Jamaica ( todas as medalhas no atletismo), Espanha, Quênia ( todas no atletismo), Bielorrússia, Ethiópia ( também atletismo), Canadá, Polônia e Noruega.
Muitas críticas foram feitas nos últimos dias em relação ao tamanho da delegação brasileira, com 277 atletas. Eu lembro que destes, 100 atletas são de esportes coletivos e o restante conseguiu classificação em duríssimos Pré-Olímpicos ou através de índices. Ninguém foi a convite. O único esporte que para mim apresentou índices muito brandos e inchou a delegação brasileira foi o atletismo, com 45 atletas.
Um resultado para se pensar é em relação as modalidades que nos trazem medalhas. São sempre as mesmas. Desta vez: 3 no judô, 2 na veia, 2 no vôlei, 2 no vôlei de praia, 2 na natação, 2 no futebol e uma no atletismo. A única novidade foi a primeira do taekwondo. Se um dia quisermos sonhar em terminar entre os 10 melhores do mundo precisamos investir em modalidades que distribuem muitas medalhas como o remo, tiro, canoagem, levantamento de peso, ginástica e ciclismo. Com excessão da ginástica, as outras modalidades quase inexistem no país.
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