A entrevista desta semana é com um dos 5 cavaleiros da equipe brasileira de Concurso Completo de Equitação que estará em Londres: RUY FONSECA. Ele respondeu 7 perguntas sobre sua preparação e como melhorar na prova de adestramento, sempre um problema para a equipe brasileira.
1- Na última Olimpíada o Brasil foi 10º no CCE. Melhorar esse resultado já será uma vitória para a equipe? E individualmente, qual sua expectativa de resultado?
O 10º lugar não foi um bom resultado pois são no máximo 12,13 equipes,. Se estamos em uma Olimpíada temos que pensar sempre na melhor performance de cada um. Acho que ficar entre os primeiros já seria um bom futuro também para o Rio 2016. Individualmente eu ficaria muito contente em saltar a final individual.
2- Como a equipe de CCE tem procurado melhorar o desempenho na prova de adestramento?
No adestramento depende 100% de cada conjunto buscar o melhor treinamento para si mesmo. Não tem muita desculpa, tem que ter aulas, tem que se empenhar, buscar profissionais do ramo. Por motivos financeiros, nas equipes TOPS suas confederações e comitês olímpicos investem bastante nessa fase. Dentro de nossas condições realistas, já tivemos grandes melhoras. Mas os alemães estão em outro patamar.
3- Muitos cavaleiros deixam de disputar a Olimpíada por problemas físicos com os cavalos. Existe algum cuidado especial da sua parte, as vésperas da Olimpíada?
Os cavalos estão em suas condições máximas de condicionamento e por isso riscos sempre podem acontecer. Eu mantenho a mesma linha de preparação e não mudo nada. Ao contrario, continuo treinando forte e com pensamento positivo, tendo uma equipe de manejo boa e com métodos de prevenção os riscos são menores. Isso inclui tratadores,ferradores,massagistas,veterinários,técnicos, etc
4- Como foi o apoio do COB e da Confederação de Hipismo nesse ciclo olímpico?
O COB e Confederação vem fazendo sua parte dentro do possível no hipismo. Estou nesse esporte desde criança e passei pelas categorias de base. Comparado com o passado, hoje estamos mais perto de uma realidade. Mesmo assim, para ter um resultado de expressão ainda precisamos de mais investimentos, que acredito que vamos ter especialmente para Rio 2016.
5- Você já esperava receber a convocação para a Olimpíada?
Fui o primeiro conjunto do Brasil a estar qualificado e com índice olímpico, desde abril de 2011. Já estávamos em preparação com foco em Londres. Depois disso vieram competições importantes durante 2011/2012 onde tivemos boas performances. A convocação foi um resultado do trabalho dentro das pistas.
6- Você conhece o local onde serão disputadas as provas de CCE em Londres? Fale sobre o local?
Sim conheço o lugar das competições pois participei do evento teste ano passado e tive uma sensação ótima. Vai ser uma Olimpíada diferente pois estamos dentro da cidade com um contato com público direto. Tecnicamente também vai ser muito interessante pois o terreno é bastante ondulado e vai exigir muito dos cavalos e cavaleiros. O espaço não é grande.
7- A quem você gostaria de agradecer pela vaga olímpica? Cite seus patrocinadores.
Agradeço a Deus primeiramente, e aos meus cavalos por me darem uma vida muito especial. Agradeço a toda minha equipe de trabalho , tratadores, ferrador, veterinários, aos proprietários dos cavalos, a minha família que mesmo distante esta sempre com pensamentos positivos e a TRUST Equestrian que fornece boa parte do meu material esportivo.
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