A entrevista desta semana é com a pivô e capitã da seleção brasileira de handebol Fabiana Diniz, a Dara. Ela atua no handebol espanhol e é uma das mais experientes do grupo, 31 anos. Disputará em Londres sua 3º Olimpíada. A simpática atleta respondeu a 6 perguntas.
1- Comente sobre o trabalho do técnico dinamarquês Soubek. Qual a maior virtude do treinador?
Já falei em varias entrevistas que o Morten pra mim é um " craque", sabe muito e ama o que faz. Vestiu nossa camisa e respeita muito nosso estilo de jogar. Nos da liberdade para falar, nos escuta e tira muito proveito das informações que passamos. A confiança que ele tem na gente é incrível.
2- As vitórias contra França e Rússia no último mundial fizeram do Brasil uma seleção mais respeitada pelas adversárias?
Com certeza, vencemos a grandes potências do handebol mundial. Mas acredito que o respeito já vinha acontecendo um pouco antes dessas vitorias.
3- Na entrevista que eu fiz com a Deonise antes do mundial ela
respondeu " o que nos falta é a frieza europeia nos momentos mais difíceis da partida". Isso acabou ocorrendo na derrota nas quartas de final contra a Espanha. Como o técnico está trabalhando para que possamos sair com a vitória numa provável quartas de final olímpica?
Temos um trabalho psicológico muito importante e focado para esses momentos, prova disso que depois de perder as quartas de final, levantamos a cabeca e passamos pelos 3 últimos adversários do mundial. Contra a Croácia o jogo foi definido nos últimos minutos e saímos com a vitoria. Mais que a frieza européia acredito na experiência que adquirimos e na conscientização dos nossos erros. Isso vai ser um ponto chave pra gente conseguir nossos objetivos.
4- O torneio de handebol promete ser um dos mais equilibrados dentre os esportes coletivos, pois pelo menos 7 equipes são candidatas a medalhas. Foi melhor cair num grupo um pouco mais tranquilo devido a presença da Grã-Bretanha, ou como no vôlei, era melhor já ter caído num " grupo da morte" para ter mais facilidade no cruzamento das quartas?
Nós estamos totalmente focadas em nós mesmas, nosso técnico tem pedido pra focar adversário por adversário. Pensar num grupo fácil ou difícil e complicado numa olimpíada, e como vc bem citou: 7 equipes brigam, com chances pelas medalhas.
5- O que a experiência de jogar na Europa trouxe para você em termos de seleção brasileira?
A começar pela carga de treinos, exigência física e tática. Notei muita diferença e me ajudou muito na hora de estar na seleção. Logo com relação ao jogo tático, a disciplina e com certeza jogar contra as atletas que atuam nas suas seleções.
6- Jogar handebol lhe trouxe uma satisfação financeira?
O handebol me deu muitas oportunidades e realizou grandes sonhos, posso dizer que satisfação sim, porém a estabilidade necessária ainda não.
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