O Brasil tem 3 jovens arqueiros com totais condições de obter ótimos resultados neste ciclo olímpico: Daniel Xavier, Bernardo Oliveira e Fábio Emílio. Os 2 primeiros já foram entrevistados aqui no blog antes da Olimpíada de Londres. Hoje, eu publico a entrevista do carioca FÁBIO EMÍLIO, 26 anos. Há algumas semanas ele ajudou o Brasil na conquista do título por equipes do sul-americano. Fábio vem de uma família com muita tradição na modalidade. Seu avô e seu pai chegaram a disputar Olimpíadas. Fábio respondeu a 7 perguntas, abordando o interesse da mídia pela modalidade, a preparação para Rio 2016 e o predomínio dos asiáticos na modalidade.
1- Após a Olimpíada, a Confederação de Tiro com Arco informou aos atletas como será a preparação para a Rio 2016?
Ainda está em aberto. Mas pelo o cronograma, só poderá fazer parte da equipe, os atletas que estão no projeto Master Plan para 2016. Esses irão treinar e morar juntos até 2016.
2- Durante a Olimpíada, várias emissoras transmitiram as competições de tiro com arco e tiveram boa aceitação do público. Você acredita que o que falta para o tiro com arco entrar nas grades de programação é termos um arqueiro TOP 10 no mundo?
Esse exemplo tivemos no Tênis com o Guga, e talvez seria um grande passo. Mas o que ainda atrapalha é a duração das competições. Por isso a Federação Internacional está tentando fazer um campeonato mais dinâmico e mais fácil para o público, para que comece a ser interessante entrar nas grades de programações.
3- Os 2 líderes do ranking mundial não conseguiram medalhas olímpicas e as 3 primeiras colocações no masculino ficaram com países asiáticos? Porque o predomínio?
Em minha opinião os líderes do ranking não conseguiram ir bem pois tiveram seus picos de resultados antes da Olimpíada. No tiro com arco é muito difícil se manter entre os primeiros do ranking.
4- O que os asiáticos tem de melhor no tiro com arco: técnica, concentração ou muito treino?Eles treinam muito desde pequenos, tem uma técnica homogênea e são muito incentivados.
5- Por ser o país sede, o Brasil deverá participar da próxima Olimpíada também por equipes. Isso aumenta sua motivação para uma preparação de 4 anos?
Com certeza. Estamos treinando há pouco tempo e competimos com países muito experientes. Mas temos exemplos de países sem muita tradição como a Espanha que conquistou o título por equipes atuando em casa em 1992.
6- Como é a sua rotina de treinamentos hoje?
Dependendo da época treinamos de 6 a 10 horas por dia contando com treino de tiro e com academia também
7- O que você achou do plano anunciado pela presidente Dilma, que vai liberar um bilhão para a preparação dos atletas para a Rio 2016?
Acho interessante, mas não vai ser isso que vai fazer com que o esporte olímpico traga medalhas em 2016, e sim pessoas talentosas. Não se faz um medalhaste olímpico em 4 anos. É muito importante o investimento! Mas a longo prazo. E que não sejamos esquecidos depois de 2016.
2 comentários:
Buenas, e o Luiz Gustavo Trainini? É carta fora do baralho?! tks
Buenas, e o Luiz Gustavo Trainini? É carta fora do baralho?! tks René
Postar um comentário