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terça-feira, 21 de outubro de 2014

ENTREVISTA DA SEMANA: LUISA BORGES- NADO SINCRONIZADO

A entrevista desta semana é com uma das integrantes do dueto da seleção brasileira de nado sincronizado. Luisa Borges, apenas 18 anos.  Ao lado de Duda Micucci, tiveram  um ótimo desempenho na Copa do Mundo, obtendo a 7º colocação entre 17 países. Ela respondeu sobre a expectativa olímpica e a rotina de treinamentos.

1- Como você avaliou a participação ao lado de sua parceira, Duda Micucci, na Copa do Mundo do Canadá em que ficaram na 7º colocação?
Faço dueto com a Duda desde 2009. Me sinto muito confiante em competir ao lado dela. Nossa participação na Copa do Mundo foi muito boa. Tivemos um grande avanço neste ano e podemos melhorar cada vez mais.

2- Como é a rotina de treinamentos? O Brasil hoje tem boa estrutura?
Nossa rotina é muito intensa,  das 6h30 até 13h30. O nosso treinamento tem um trabalho de força - musculação, circuitos e um treinamento dentro da água voltado ao trabalho de força. Temos o treinamento das rotinas livre e técnica, que além da musica treinamos com elástico e tornozeleiras. Fora da água alongamos todos os dias pelo menos por uma hora e marcamos a rotina  pensando nos mínimos detalhes. A marcação é uma forma de fazermos a rotina com os braços e principalmente com a mente. A estrutura é muito boa. A CBDA proporciona o que tem de melhor disponível além de clinicas no exterior para aprimorarmos tecnicamente. Fizemos duas na Russia e uma no Canada.



3- Como vocês conquistaram a chance de ser o dueto número 1 do Brasil no nado sincronizado e poder disputar uma Olimpíada?
Temos trabalhado em cima dessa conquista há um tempo. Nossas características principais são a sincronização e técnica. Um bom dueto é formado com duas atletas com características semelhantes.Temos muito a melhorar até o Pan Americano, que é o nosso grande desafio antes das Olimpíadas Rio 2016.

4- Como está sendo o trabalho com a técnica canadense Julie Sauvé ( ganhadora de 6 medalhas olímpicas com o Canadá) ? O que ela modificou no nado sincronizado brasileiro?

Nosso trabalho com a técnica Julie tem sido muito bom. Ela transformou nossas rotinas em um nível mais elevado, tornando mais rápidas e com um nível técnico mais alto.


5- A nova treinadora pode ser considerada no trato com as atletas linha dura ou mais amiga?

A Julie como toda técnica tem seus momentos descontraídos e outros intensos voltados aos treinos. Isso é positivo pelo fato de render melhor a preparação. O resultado veio muito rápido.


6- O que você mais gosta e o que menos gosta na vida de atleta?
O que mais gosto são as amizades e aprendizados que estou tendo ao longo dessa jornada. O preço que se paga para ser uma atleta olímpica é me limitar a momentos sociais, reflexo na minha Faculdade e a rotina exaustiva com longos períodos de treinamento.

7- O que é possível aprender com russas e chinesas, quando se disputa uma competição  como a Copa do Mundo?

Posso observar novas técnicas de palmateios e me inspirar no meu treinamento em equipes com nível mais elevado.

8- Quem te patrocina?

Tenho o incentivo financeiro da Bolsa Atleta do Ministério dos Esportes assim como  da CBDA

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