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quinta-feira, 23 de agosto de 2012

RAIO X: BASQUETE BRASILEIRO EM LONDRES 2012


BASQUETE FEMININO- NOTA 4
Depois do sorteio dos grupos da Olimpíada, sabíamos que a situação da seleção feminina de basquete seria a mais complicada dentre os esportes coletivos devido a sequência de adversários. Estréia contra a boa França ( 58-73) e  depois as potências Rússia ( 59-69) e Austrália ( 61-67) de quem somos fregueses nos últimos anos. Mas a expectativa era de vitória sobre o Canadá, no 4º jogo para ao menos, classificar em 4º lugar e pegar os EUA. Cansamos de vencer as canadenses em Pré-Olímpicos e Copa América.  Mas o Brasil deu vexame, perdeu por 73-79 e só foi ganhar da Grã-Bretanha ( 78-66), quando já não valia mais nada. Pela 2º Olimpíada seguida, eliminada na 1º fase.

Ouro- EUA, Prata- França, Bronze- Austrália

DESTAQUES: ÉRIKA- mesmo sem ser brilhante, foi a maior pontuadora da Olimpíada junto com a a britânica Leedham com 16,2 por jogo. Em rebotes outra brasileira liderou, CLARISSA com 9 rebotes por jogo.

DECEPÇÃO- ADRIANINHA
- a experiente armadora não repetiu o ótimo Pré-Olímpico que havia feito em 2011. TARALO- O treinador não conseguiu motivar a equipe para o jogo fundamental da 1º fase contra o Canadá

PEDE PARA SAIR- Hortência
- a dirigente da CBB trocou 3 vezes de técnico, demitiu injustamente Enio Vecchi que tinha ido bem no Pré-Olímpico e colocou o inexperiente técnico Luis Taralo para estrear na Olimpíada, sem ter disputado nenhuma competição importante antes. Apostou novamente na problemática Iziane, que assim como em 2008, cometeu um ato de indisciplina e foi cortada.

O QUE ESPERAR PARA 2016
- O futuro do basquete feminino é preocupante. Nesta semana a seleção sub-17 dirigida por Janeth, disputou o mundial da categoria e perdeu os 4 jogos. Não temos nenhuma substituta para Adrianinha na armação e nem alas de boa qualidade. Só temos jogadoras de qualidade na posição de pivôs, principalmente Érika e Clarissa.
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BASQUETE MASCULINO- NOTA 6

 
Assim como no mundial 2011, o Brasil fez uma boa campanha na 1º fase, mas deu adeus no mata-mata diante da Argentina. Vencemos a Austrália por  75 a 71, a Grã-Bretanha por 67 a 62, perdemos da Rússia por 75 a 74, batemos a China por 98 a 59 e a Espanha por 88 a 82. Neste último jogo a Espanha facilitou nos momentos finais para fugir dos EUA nas semifinais. Eu acredito que se o Brasil tivesse enfrentado a França no mata-mata teria maiores chances. Diante da Argentina, somos fregueses na última década e perdemos por 82 a 77.

Ouro- EUA, Prata- Espanha, Bronze- Rússia

DESTAQUES- LEANDRINHO
foi o 8º colocado entre os cestinhas, com média de 16,2 pontos por jogo. NENÊ foi o 5º maior reboleiro com 8 por jogo. HUERTAS foi o 2º em assistências, 6 por jogo. Tiago Splitter e Larry Taylor também tiveram uma boa Olimpíada.

O QUE FALTOU PARA GANHAR DA ARGENTINA
- Ruben Magnano fez escolhas  estranhas na partida. Anderson Varejão só jogou 15 minutos e ficou o quarto decisivo no banco. Marquinhos que havia sido fundamental em outros jogos, só atuou 9 minutos. Magnano apostou em Alex, um ótimo  ala de marcação, mas que não tinha um histórico de " jogador decisivo", errando vários lances nos momentos finais. Eu teria apostado em Marquinhos ou Larry. Neste jogo contra a Argentina, Leandrinho e Huertas fizeram 22 pontos cada, carregando o time nas costas. Depois apareceram Alex com 10, Nenê com 7 pontos, Splitter 6, Varejão 4, Larry, Marcelinho e Guilherme 2. Outra falha foi deixar a Argentina abrir vantagem na metade da partida. Reverter diante de um time experiente e técnico como o dos argentinos é muito complicado.

JOGO DRAMÁTICO-
diante da Rússia, chegamos a ter uma desvantagem de mais de 10 pontos. Reagimos e passamos a frente. Mas tomamos uma cesta de 3 pontos de Fridzon faltando 6 segundos, após um escorregão de Leandrinho que não conseguiu marca-lo. Vitória da Rússia, que nos tirou a possibilidade de terminar em 1º no grupo.

PRECISA MUDAR
- A fórmula de disputa da Olimpíada em esportes coletivos precisa ser estudada. Tanto no basquete como no handebol, o Brasil foi prejudicado porque os adversários " escolheram os adversários do mata-mata". Talvez o que foi feito no vôlei seja uma solução: sorteio entre segundos e terceiros colocados.

O QUE ESPERAR PARA 2016: Huertas, Varejão, Larry Taylor e Splitter devem estar no Rio de Janeiro. Raphael Hettsheimeir, pivô que foi destaque no Pré-Olímpico, mas que contundido, não esteve em Londres, é nome certo. Precisamos descobrir ALAS de boa qualidade.  Situação bem melhor no masculino do que no feminino.




 

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