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terça-feira, 1 de julho de 2014

ENTREVISTA: BINHA GEVAERD- RUGBY SEVENS

A entrevista da semana é com Binha Gevaerd, capitã da seleção brasileira de Rugby Sevens, modalidade que estreará na Olimpíada de 2016. Ao contrário do masculino, no feminino o Brasil tem disputado as principais competições internacionais nos últimos anos e ficou entre as 8 melhores do circuito mundial. 



1- Como você sente a evolução da seleção brasileira feminina nesse último ano, principalmente após enfrentar as grandes potências da modalidade?

Foi o primeiro ano que a Seleção Brasileira Feminina esteve centralizada em São Paulo e treinando todos os dias juntas. Evoluímos muito tecnicamente e fisicamente. Ficamos duas vezes no TOP 8 e acabamos em 9º lugar, uma grande conquista para o Brasil. Esperamos melhorar mais na próxima temporada.



2- Qual a maior necessidade hoje do rugby sevens no Brasil?
Precisamos melhorar nosso nível nacional, evoluir os clubes, divulgar mais o esporte e descobrir novos talentos. Acredito que se o nível nacional não chegar próximo ao nível internacional será cada vez mais difícil a evolução do rugby . Precisamos mais de patrocínios e apoios nos clubes.

3- Como está o apoio da Confederação e do COB para a modalidade?

Hoje todas as atletas estão centralizadas em São Paulo graças o apoio de CBRU e do COB. Desde que o rugby virou um esporte olímpico a Confederação Brasileira de Rugby (CBRU) conseguiu muitos patrocinadores e também tivemos muito apoio do COB. Somos Decacampeãs Sul-americanas e temos muita chance de conseguir medalha em uma Olimpíada.

4- Como surgiu o apelido Binha?

Comecei a jogar através dos meus irmãos em 2004 no SPAC, eu recebi o apelido de "Binha" porque quando comecei a jogar meus irmãos tinham apelido de "Chubby" e minha irmã de "Chabba" então eu virei a "Chubbynha", mas conhecida hoje como Binha.

5- Como você começou na modalidade e sua rotina de treinamento?

Entrei na Seleção em 2008, mas meu primeiro Sul-americano foi em 2010. Antigamente treinávamos um final de semana por mês e a maioria tinha um trabalho paralelo, sendo muito difícil nossa evolução. Em 2013 recebemos a noticia que seríamos centralizadas e treinaríamos todos os dias juntas em São Paulo. Foi um grande sonho !! Hoje treinamos todos os dias de manhã no clube AABB e de 2 a 3 vezes na semana, musculação no Centro Olímpico.


 6- O que você mais gosta e o que menos gosta na vida de atleta?
Eu adoro treinar e principalmente competir. É uma sensação inexplicável, principalmente representando seu país. Mas isso também não é tão fácil. Precisamos estar sempre motivada, passamos por tantas dificuldades e nem sempre estamos num dia bom. Precisamos lidar com dores, lesões e superar nossos limites. É  o nosso desafio diário!! Agora o que menos gosto é que não tenho vida social, vejo pouco meus amigos e nem sempre consigo ir nos eventos familiares.  

7- Você acha que o Brasil precisa melhorar no aspecto físico para enfrentar as principais potências da modalidade?

Sim, com certeza!! Precisamos continuar treinando e focando cada vez mais na parte física, porque no rugby sevens os melhores times são porque estão fisicamente mais bem preparados.

8- A seleção tem locais apropriados para treinar?

Em São Paulo treinamos no clube AABB e no Centro Olímpico, mas nosso Centro de Treinamento fica em São Jose dos Campos.

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