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quarta-feira, 9 de julho de 2014

ENTREVISTA DA SEMANA: DAMIRIS DANTAS- BASQUETE FEMININO

 A entrevista da semana é com a ala da seleção feminina de basquete Damiris Dantas. Ela está com 22 anos e atua na WNBA no Minnesota Lynx. Desde 2010 é convocada para a seleção brasileira. Ela contou sua experiência nas quadras americanas.

 
1- Como você analisa sua temporada na WNBA até o momento?
Estou gostando bastante e aprendendo mais ainda. Os treinamentos são intensos e os jogos disputados. Estou tendo a oportunidade de jogar e aprender com as melhores do mundo.



2- No que você acredita que seu jogo já evoluiu  ao atuar com as melhores do mundo? 


Está sendo fantástico. É uma grande oportunidade de aprendizado e o sonho de toda jogadora. Uma coisa que melhorei muito foi a intensidade do meu jogo, jogar sempre firme.  E também acho que estou mais madura. Estou treinando todos os fundamentos aqui e isso esta me ajudando muito, mas ainda tenho muito que melhorar.

3- Você já atuou na Espanha. Quais as principais diferenças do basquete jogado na Europa para o da WNBA?
O estilo de jogo é totalmente diferente. O estilo americano é mais versátil e não tem tanta rigidez técnica quanto na Europa. É uma forma de jogar que explora mais a capacidade técnica de cada atleta e pautada em cima do talento individual. Sem falar no espetáculo. Os jogos da NBA e WNBA são verdadeiros shows.
 
4- Como é o tratamento do público americano em relação ao basquete feminino?

É ótimo. Os jogos são sempre bastante cheios. Os americanos são muito apaixonados por esporte e basquete está entre as preferências nacionais. E mesmo o feminino sendo menos procurado que o masculino, a audiência ainda é enorme.



5- Como foi sua adaptação a Minnesota e o interesse do público do seu time pelo basquete?

Foi muito boa. Todas as meninas são muito legais e me receberam muito bem. É uma equipe bastante entrosada e unida. O Minnesota é o atual campeão da WNBA, então o interesse do público é enorme.

 
6- A seleção brasileira tem mundial em setembro. Você, a Érika e a Nádia  chegarão bem fisicamente para a competição após a temporada da WNBA?

Com certeza. Não será a primeira vez que acontece essa conciliação entre WNBA e Seleção. Érika, Iziane e Janeth já passaram por isso e chegaram muito bem. Estamos sempre dispostas a vestir a camisa do nosso país e dessa vez não será diferente.


7- Quais as principais características do trabalho implantado pelo técnico Zanon, que deram a classificação ao Brasil para o mundial?


O Zanon é um excelente técnico e está fazendo um trabalho fantástico no comando da seleção. Desde que assumiu a equipe ele trabalha com o objetivo de renovar o grupo. Mas sabemos que é um trabalho em longo prazo. Tenho aprendido muito com ele e a seleção já está com uma nova cara. São meninas novas, mas com muito potencial.

8- O Brasil já não é mais uma potência da modalidade, como aconteceu entre 1995 e 2005. Chegar entre os 8 do mundial já será uma vitória?
Da nossa parte estamos dando o máximo para alcançarmos os melhores resultados. A nossa proposta para a Copa do Mundo da Turquia é obter o melhor resultado possível. Sonhamos com uma medalha, mas vamos jogar um jogo por dia.
 
9- O que você mais gosta e o que menos gosta na vida de atleta. 
Não tem algo que menos gosta?
 

Talvez a parte das entrevistas já que sou um pouco tímida, mas sei que faz parte. É uma vida bastante regrada com muitos sacrifícios e superações, mas eu adoro a adrenalina dessa vida. Não mudaria nada e sou muito grata a Deus por tudo.
 

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