ENTREVISTA DA SEMANA- Michelle Acquesta- Tiro com Arco

A entrevista da semana é com Michelle Acquesta, única mulher brasileira a participar do mundial de tiro com arco, mês passado em Turim. Ela tem apenas 21 anos. Michelle respondeu a 5 perguntas

1- Você esteve no campeonato mundial neste mês de julho. Como avaliou sua participação e o nível das suas adversárias? Foi o esperado?
Por ter sido meu primeiro mundial, um dos maiores campeonatos que fui até agora, gostei bastante do meu desempenho, apesar de querer ter ido melhor. Fiquei doente nos primeiros dias de competição, o que prejudicou minha performance. Mas o nível das adversárias foi alto, o que fez com minha colocação ficasse baixa.

 
2- Nós sabemos que em uma competição com as melhores do mundo é
praticamente impossível obter classificação olímpica. Você acredita
que possa se classificar na competição continental? Quais países no
continente tem as principais atiradoras?
Com certeza em nível mundial fica difícil se classificar, mas em uma competição continental, as chances aumentam. Vamos tentar uma vaga  nos Jogos Pan-Americanos ou na repescagem que haverá no começo do ano que vem. Os países com grandes concorrentes na América são: Colômbia, Venezuela, EUA e México. Porém, algumas delas também não conquistaram vaga no mundial, o que faz a disputa pela vaga nas repescagens ser bem mais acirrada.

 
3- Quantas horas por dia ou por semana você treina? O sonho olímpico
fez você aumentar esse treinamento?
 Treino em média 6 vezes por semana, quase todos os dias, com um descanso semanal. E o treino varia de 3 a 6 horas. A partir do momento em que o atleta almeja algo grandioso, como participar de uma Olimpíada, com certeza a carga horária também tende a  aumentar.

4- Qual a sua formação. Porque começou a praticar a
modalidade?
Sou formada em gastronomia e no momento sou só atleta. Comecei em 2004 como uma brincadeira. Tive curiosidade pelo esporte, assim como minha mãe, e resolvemos fazer um curso. Vimos que tínhamos jeito para o esporte e resolvemos competir. Estamos até hoje com garra de crescer cada vez mais no esporte. Minha mãe foi campeã Sul Americana no ano passado no arco composto e me espelho muito nela.
 
5- Você tem apoio de alguma empresa? E da Confederação?
 A única ajuda atualmente é a do bolsa atleta e do COB perante algumas viagens. Os demais investimentos como compra de material, competições, etc é patrocínio do meu pai.