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terça-feira, 8 de maio de 2012

ENTREVISTA DA SEMANA: KISSYA CATALDO- REMO




Esta semana eu trago uma entrevista com uma das representantes do remo brasileiro em Londres,  Kissya Cataldo, do single skiff. Ela, que agora é atleta do Flamengo, conseguiu vaga no Pré-Olímpico do continente. Ela destaca que quando focou totalmente no remo, os resultados apareceram.

1- Como você analisou seu desempenho no Pré-Olímpico? Esperava a  vaga olímpica?

 Sim, sempre acreditei na minha classificação, desde o momento em que ganhei a seletiva nacional. O mais difícil para mim era conseguir ganhar a seletiva da campeã mundial Fabiana Beltrame. Perdi para ela em 2004 e 2008 e fiquei em casa. Sabia que a única maneira de conseguir ir para as Olimpíadas era ganhando aqui. Consegui e fui representar o Brasil no single skiff no Pré-olímpico de Tigre na Argentina. Meu desempenho não foi o esperado. Acreditava que poderia ficar até 3º, mas senti muito o 3º dia de competição. Não estou acostumada a competir 3 dias seguidos.

2- Você se classificou com a última vaga disponível para o continente. No que você tentará melhorar tecnicamente e fisicamente nesses próximos meses para tentar chegar pelo menos a uma semifinal olímpica?

Agora classificada vou ter a oportunidade de participar pela primeira vez de competições internacionais como copa do mundo e mundial no single skiff. Isso é muito importante para minha evolução como atleta. Estou treinando muito, cerca de 35 km por dia para melhorar fisicamente e tecnicamente, tudo com acompanhamento do meu técnico na seleção. Além disso, gosto de fazer treinos extras: faço spinning, outras aulas coletivas na academia body tech, e subo de bicicleta todos os domingos a Mesa do Imperador.




3- Na entrevista que fiz com o Anderson Nocetti ele citou muito o apoio do Botafogo para sua classificação olímpica. Quem mais contribuiu para sua conquista?
No Vasco eu tive o apoio de algumas pessoas, em especial do técnico Marcelo Neves. Tenho muito que agradecer a ele, que sempre acreditou em mim, mais do que eu mesma. Sempre disse que eu tinha capacidade de ser a número um, e não me contentar em ser a segunda.

4- Quais os principais problemas que o remo brasileiro, que já foi tão vitorioso principalmente em termos continentais, enfrenta hoje?

Falta de renovação e divulgação do esporte, para que hajam mais pessoas praticando remo e apareçam novos talentos.

5- O que o apoio da Petrobrás ao remo, trouxe de benefício para você?

Eu entrei para o projeto Petrobrás em abril desse ano, e fazer parte dele é de suma importância para o crescimento do atleta. Ele oferece todo suporte para que o atleta de alto rendimento possa se dedicar aos treinamentos, além de dar a oportunidade de participar das competições internacionais importantes.


6- Você também é modelo? Como divide o tempo entre as duas tarefas?

Sim, já fiz trabalhos de modelo, como fotos, comerciais, desfiles e recepções, porém, há 2 anos foquei só no remo e nos treinamentos, pois meu foco era ir para as Olimpíadas. Mas se aparecer um bom trabalho que não atrapalhe no meu treino, eu faço.

7- Você começou a competir em um barco com mais 3 atletas. Porque e quando mudou para um barco individual?

Mudei para o barco individual, porque sabia que a porta de entrada para os Jogos Olímpicos era no single skiff. Eu sempre tive uma facilidade de remar o skiff, mas não era muito dedicada. Em 2004 e 2008 eu bati na trave e fiquei em segundo na seletiva nacional olímpica. Só a primeira tinha o direito de representar o Brasil no Pré Olímpico. E no final do ano de 2010 resolvi me dedicar de verdade aos treinamentos, foquei no single skiff visando a vaga olímpica. E meu objetivo foi alcançado. Tudo na vida é foco e objetivo.

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