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quarta-feira, 2 de maio de 2012

ENTREVISTA DA SEMANA- GUILHERME TOLDO- ESGRIMA



A entrevista desta semana é com o esgrimista Guilherme Toldo. Único esgrimista brasileiro a ganhar medalha individual no Pan de Guadalajara (bronze), ele confirmou a boa fase e garantiu vaga olímpica ao vencer o Pré-Olímpico das Américas no florete. O jovem atleta,de apenas 19 anos, respondeu a 7 perguntas

1- Eu acompanhei pela internet a final da disputa do Pré-Olímpico e senti que você estava muito confiante na vitória. No que o bronze em Guadalajara contribuiu para isso?

Com certeza a medalha de Guadalajara me ajudou muito na conquista da vaga olímpica. O bronze inédito me deu a confiança que estava faltando para que eu acreditasse no meu potencial e garantisse a vaga olímpica.

2- Que resultado te deixará satisfeito na Olimpíada?

Por eu ser extremamente novo e não ter condições técnicas, eu não almejo medalha ou coisa do tipo, contudo, eu sei que tenho condições de me destacar entre os 30 primeiros. Estou treinando para isso. Pode não ser um resultado muito forte vendo somente a colocação, mas tendo em vista que a Olimpíada virou realidade no meu pensamento há um ano e meio e que os atletas que participarão deste torneio têm com certeza mais de 2 ciclos olímpicos completos competindo em alto nível, eu gostaria muito de estar colocado entre os 30 melhores esgrimistas do mundo.

3- No que você acha que pode melhorar no seu jogo?

Eu penso que meu jogo ainda é muito ligado ao ritmo do continente americano, assim, estou buscando em estágios de treinamento na Europa os detalhes de precisão, maior coordenação de deslocamento em pista e preparação de inteligência tática para que eu atinja os meus objetivos o quanto antes.

4- Como será a preparação até Londres? Quantas horas você treina por dia? Você trabalha ou estuda?

Minha preparação até Londres vai ser de muito treinamento no Brasil (cerca de 6 horas por dia entre preparação física e técnica) e muita competição no exterior para adquirir ritmo de jogo internacional. Irei participar do resto do circuito mundial para aumentar minha pontuação no ranking mundial. Sobre meus estudos, eu estou com a matrícula trancada no curso de ciências biológica na PUCRS, pois fui aconselhado por amigos e professores a aproveitar meu momento esportivo seriamente e deixar os livros para o segundo semestre, já que perderia muitas aulas e as cadeiras que exigem horas de análises em lâminas histológicas não poderiam ser aproveitadas.


5- No que o patrocínio da Petrobrás trouxe de melhoras para você e a esgrima brasileira?

A Petrobras, sendo patrocinadora oficial da Confederação Brasileira de Esgrima, com certeza trouxe diversos apoios essenciais para que houvesse um crescimento do nível da esgrima nacional. Com o apoio em viagens de competição, aos atletas e a grupo interdisciplinar, pudemos participar de grandes eventos do esporte e adquirir experiência suficiente para que o próximo ciclo olímpico seja de ainda mais destaque internacional.

6- Como você começou na esgrima e a partir de que momento achou que teria chance de participar de uma Olimpíada?

Eu iniciei na esgrima com 8 anos em 2000. No começo era somente alegria e diversão nas aulas de escolinhas com os colegas. A situação começou a mudar por volta de 2009, quando comecei a ameaçar os primeiros do ranking nacional e incomodar os integrantes da equipe nacional. Desde esse período, eu venho aumentando meu nível de esgrima e me destacando um pouco dos demais colegas de equipe em competições, mas somente no fim de 2010, início de 2011, eu comecei a almejar uma boa colocação no Jogos pan-americanos e a vaga olímpica.

7- A quem você gostaria de agradecer pela vaga olímpica?

Eu agradeço sempre muito os grupo de técnicos do meu clube Grêmio Náutico União,  Alexandre Teixeira, Eduardo Nunes e Émerson Corrêa que acreditam muito no meu esforço, aos meus pais que acreditavam junto comigo na tão sonhada vaga olímpica e à todo o grupo de dirigentes que apoiaram o departamento de esgrima no meu clube tanto financeiramente, quanto em materiais e que apoiaram a confederação brasileira de esgrima para que chegasse ao lugar que está hoje.

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