A entrevista desta semana é com a simpática Rosângela Santos, hoje, a mulher mais veloz do Brasil. Ouro no Pan de Guadalajara nos 100 metros, Rosângela espera fazer o índice olímpico antes do Troféu Brasil em junho. Na Olimpíada de 2008, Rosângela competiu no revezamento 4x100 que por pouco não faturou medalha, terminando em 4º. Após sofrer por 2 anos com contusões, Rosângela voltou com tudo em 2011. Foi semifinalista do mundial e brilhou no Pan. Nossa velocista respondeu a 7 perguntas.
1- O que mudou na sua vida após o ouro no Pan de Guadalajara? Passou a ser mais conhecida nas ruas? Aumentaram os patrocinadores?
O que mais mudou depois do ouro foi minha auto-estima. Como tive os 2 anos anteriores muito ruins nos quais cheguei até a pensar em desistir do atletismo por conta das lesões e das dificuldades que estava passando, ter ganho as duas medalhas foi o que me levantou e me fez querer estar novamente entre as melhores. Passei a ser reconhecida sim. Até em alguns lugares que eu achava que não seria como em Campos do Jordão quando fui passar um fim de semana com meu namorado. Em relação aos patrocinadores os que eu já tinha tive uma melhora considerável nos contratos (risos) e estou em negociação.
2- Quais provas você pretende disputar até a Olimpíada e em qual acredita que conseguirá o índice olímpico de 11s22?
Não sei bem o número de provas que irei fazer mas tenho até o Troféu-Brasil que vai ser em junho para fazer o índice. Acredito que conseguirei antes, em alguma competição no fim de abril, início de maio.
3- Para sonhar com uma medalha olímpica você precisaria correr abaixo de 11 segundos. Você acha isso possível? Ou chegar a uma final olímpica já seria um ótimo resultado? Eu mesmo acharia excepcional
Acho possível sim. Só não posso afirmar com certeza que este ano eu corro abaixo dos 11s, porque tudo tem que ser feito com muito calma. Baixar 1 centésimo já é muito difícil, então para se estar chegando numa final eu teria que estar correndo isso ou na casa dos 11s. Se eu conseguir chegar na final será um resultado excepcional porque sei que para Rio2016 vou poder estar brigando por uma medalha.
4- No que você acha que precisa melhorar tecnicamente para baixar mais seu tempo nos 100 metros?
Preciso melhorar muito os primeiros 30 metros da corrida, e pra isso preciso estar melhorando a minha saída de bloco.
5- Quantas horas você treina por dia e quantas horas na pista?
R.Treino cerca de 2 a 3 horas de treino intensivo e todo trabalho é feito na pista.
6- Como um atleta convive com o medo de contusões, em um ano olímpico?
Nós atletas passamos a aprender a conviver com a dor, o tempo todo temos estamos sujeitos a lesões até por causa da intensidade que é o treinamento. Mas o medo é trabalhado com ajuda de psicologo e de preventivo feito pelos fisioterapeutas.
7- Divulgue seus apoiadores e patrocinadores.
Tenho um grande apoio da minha família que é muito importante e os patrocinadores são o TIME RIO (projeto feito pela prefeitura do Rio em equipe com o Comitê Olímpico Brasileiro), ADIDAS, BRF FOODS, OAKLEY E UNIMED-RIO.
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