1- O que mais falta para o Brasil ser ao menos uma das potências no continente americano?
Nós já evoluimos bastante. Podemos dizer que hoje somos o 3 º ou 4º na América. Mas ainda precisamos manter um equipe em treinamento para o alto rendimento. Como todos os países com tradição fazem. Contamos muito com a força dos clubes e os treinamentos dos clubes, mas no Brasil isso fica complicado para o Badminton. Todos as potências no Badminton possuem centro de treinamento com jogadores morando e treinamento lá. A China até 2008, se não me engano, não tinha liga de clubes. Na malásia são academias particulares e nos campeonatos locais, os técnicos da seleção escolhem jogadores para a seleção nacional que passam a morar e ser sustentados pela Federação.
2- No que a atual crise de comando que passa a Confederação Brasileira atrapalha ou atrapalhou os atletas brasileiros em treinos e competições?
Só tivemos um período de incertezas e indefinições de quem compraria passagens, pagamentos de inscrições. Estavamos sem presidente e, como consequência, estavamos sem um responsável que enviasse documentos para os eventos. Mas agora já está tudo resolvido, mesmo sem ter acontecido a eleição. O COB assumiu nosso projeto por completo.
3- Conte seu histórico no badminton? Porque começou a praticar a modalidade? Tem algum ídolo?
Eu jogava tenis de mesa em uma associação em Osasco (onde morava). A modalidade estava sofrendo um pouco. O técnico tinha se mudado de cidade e estava "chato". Enquanto isso eu e mais alguns amigos "desciamos" para o ginásio e brincavamos de badminton. Nos distraiamos até a hora de ir embora. Comecei a participar cada vez mais dos treinos do badminton e acabei mudando de esporte. Eu tenho alguns ídolos, Peter Gade da Dinamarca (atual número 3 do mundo), Lee Chong Wei da Malásia (atual 1º do mundo) e Mathias Boe/Carsten Mogensen da Dinamarca (Dupla número 2 do mundo).
4- Tecnicamente, qual o maior defeito que precisa ser corrigido no seu jogo e sua maior qualidade?
Eu sou um jogador explosivo e isso acaba afetando para meu defeito: a falta de paciência para esperar uma chance de ataque.
5- O Brasil nunca classificou um atleta ou dupla para uma Olimpíada. Este é o maior desafio e motivação para atletas como você?
Este é o desafio para 2012, o Daniel está muito bem classificado para a simples e nós temos um chance na dupla. Nós precisamos melhorar um pouco mais nossa posição no ranking mundial e teremos grandes chances. No intervalo temos o Jogos Panamericanos como um objetivo.
6- Fale sobre seu parceiro de dupla, Daniel Paiola. Vocês são amigos ou apenas jogam juntos?
Nós estão sempre juntos, durante os campeonatos e treinamentos, mas somos de cidades diferentes. Nas viagens estamos sempre juntos, principalmente agora com o projeto do Comite Olimpíco. Hoje conto com o apoio do Club Athletico Paulistano, que sempre me ajudou bastante e, agora, o Comite Olímpico que desde os Jogos Sulamericanos vem me ajudando.
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