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quarta-feira, 13 de abril de 2011

ENTREVISTA DA SEMANA- BRUNO FONTES- VELA



O velejador BRUNO FONTES é catarinense e tem 30 anos. O substituto de Robert Scheidt na classe Laser  esteve na Olimpíada de Pequim e  terminou em 27˚. Melhorou muito nos últimos anos e hoje já figura entre os 10 melhores do mundo. Na semana passada chegou a regata da medalha na etapa da Espanha da Copa do Mundo. Ele respondeu a seção 5 PERGUNTAS

1- Quais as condições em que você se dá melhor em uma regata: muito ou pouco vento, chuva, clima quente ou clima frio?

Eu prefiro as condições de mais vento porque na vela sempre é muito importante a tática de regata, escolha de posicionamento de largada e ainda um pouco de sorte já que contamos com a natureza. Mas com o vento mais forte, o preparo físico e o domínio do barco são fatores relevantes.

2- O que tecnicamente você precisa melhorar para sonhar com uma medalha olímpica?

Venho evoluindo em todas as condições mas diria que preciso ser mais constante em regatas de vento fraco.

3- A vela brasileira teve alguns resultados decepcionantes em 2010. Isso preocupa em termos da tradição de medalhas olímpicas da modalidade?

A supremacia da vela uma dia vai acabar pois é  um esporte que premia com poucas medalhas em relação a natação, judô e atletismo. Os resultados sempre são comparados ao Torben e Robert, ídolos mundiais. É difícil avaliar ou cobrar de atletas que tem apoio defasado em relação aos velejadores de outros países, apesar de todo esforço da Confederação. A  vela é um esporte  em que o material humano é escasso, com pouca renovação tendo em vista o alto custo do esporte.

4- Como você encarou o fato de perder a seletiva nacional em 2010 e a importância dos seus patrocinadores.

Na hora caiu o mundo,  pois o apoio financeiro da Confederação é  muito importante. Mas hoje encaro como algo que tive que passar. Mostrei para mim mesmo o quanto eu quero essa medalha e ainda mostrei para o COB e para Confederação que mesmo sem o apoio, cheguei ao 5˚ lugar no ranking mundial. Se eu tivesse um pai e mãe na vela eles se chamariam Eletrosul e Unimed. Meus patrocinadores estão comigo há 6 anos e graças a eles e ao Golden Bingo continuo navegando. Eles ainda me apoiam no meu projeto social para 32 crianças. Somado ao Fundesporte do governo de Santa Catarina e a AGE do Brasil, que me apoiam nos últimos 2 anos. Agradeço também o  apoio da Confederação para os membros da equipe olímpica, que este ano é o meu caso.

5- O fato de já ter disputado uma Olimpíada pode ajudar de alguma forma no seu desempenho em Londres 2012.

Com certeza. O fator maturidade é algo que o cara só entende o valor com o passar do tempo.Pequim foi uma experiência impar, apesar do mau resultado. Hoje sou muito mais confiante. Penso em competir na classe Laser até o Rio 2016.



Um comentário:

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