O principal destaque do taekwondo brasileiro no Aberto do Canadá foi Josiane Lima. A paraense de 25 anos, foi medalha de prata na categoria até 57kg. A garota que foi levada para praticar desenho e pintura aos 8 anos, se interessou pela modalidade. Nesta entrevista, ela comenta seu resultado no Canadá, a falta de estrutura ideal para treinamentos e o critério para a definição dos representantes da modalidade na Rio 2016.
Como foi a disputa do Aberto do Canadá em que você conquistou a medalha de prata?
A competição foi de alto nível pois contou com a presença de grandes atletas do cenário internacional, principalmente da América. Ao todo, fiz 4 lutas. Na semi, venci no ponto de ouro. Na final, tive falhas no bloqueio e deixei a vitória escapar, perdendo por pontos. Vale ressaltar, que o México utilizou esta competição como seletiva para definir seus titulares no mundial deste ano.
Na Olimpíada, tivemos erros absurdos de arbitragem. Neste torneio no Canadá, a situação melhorou?
Infelizmente, erros de arbitragem ainda ocorrem nas competições de taekwondo, mesmo com a tecnologia já empregada e a mudança nas regras do esporte. Nesta competição não foi diferente. Presenciei uma decisão tendenciosa no ponto de ouro, contra uma atleta brasileira da minha equipe. Ainda assim, a maioria das lutas ocorreu sem questionamentos. O que observo é que os erros de arbitragem ocorrem com maior freqüência nos campeonatos nacionais.
A Confederação não bancou a viagem para o Canadá?Como você conseguiu os recursos?
A Confederação Brasileira de Taekwondo não bancou esta viagem. Retirei dinheiro de renda própria, para bancar os custos totais da competição (inscrição, passagem, hospedagem e alimentação).
A sua categoria foi disputada na última Olimpíada. Você sabe se as categorias são permanentes em todos os jogos, ou mudam?
Existem 4 categorias olímpicas no feminino e 4 no masculino, porém, o país precisa escolher apenas 2 do feminino e 2 do masculino para participar de uma seletiva olímpica. Os escolhidos ganham a chance de disputar uma vaga olímpica, portanto, a definição de quem participa dos Jogos Olímpicos parte da escolha de categorias pela Comissão Técnica. Nas Olimpíadas do Rio, teremos 4 vagas garantidas, mas 4 categorias ficarão de fora. Caberá à Confederação Brasileira escolher os participantes.
Quem é seu ídolo no esporte e como começou no Taekwondo?
Admiro o Anderson Silva como atleta, por sua forma de lutar, ousado, criativo, destemido. Lutador com perfil diferenciado. Comecei a prática do esporte,com apenas 8 anos de idade, juntamente com meu pai e meu irmão mais novo. Na verdade, enquanto os “homens da casa” iriam treinar, eu iria ter aulas de desenho e pintura, em frente à academia de taekwondo. Mas após assistir uma aula, decidi o que realmente queria. Em resumo, os dois desistiram e eu continuei na luta, persistindo até hoje.
Você tem boa estrutura para treinar no Brasil?
Definitivamente o Brasil não proporciona uma estrutura ideal de treinamento para a maioria dos atletas. Falando especialmente do Taekwondo, até hoje não temos, por exemplo, um centro com estrutura adequada (equipamentos, equipe multidisciplinar, alimentação, hospedagem) para receber atletas de outros países em intercâmbios e, até mesmo, para o treinamento da própria seleção brasileira. O que ocorre atualmente, na tentativa de minimizar essa problemática, é a união dos atletas formando equipes independentes. Cada grupo busca, por conta própria, apoio necessário para se manter. Hoje, faço parte da equipe Taewondo Olimpic, com sede no Rio de Janeiro, no comando do técnico Vander Valverde.
Quais seus principais objetivos em 2013?
Meu principal objetivo este ano é retornar para a seleção brasileira, pois após anos de seleção, perdi a seletiva que definiu a seleção 2013. Além disso, pretendo manter-me como primeira colocada no ranking nacional; espero conquistar mais medalhas internacionais e conseqüentemente, mais pontos no ranking mundial.
Cite seus patrocinadores e apoiadores?
Atualmente, faço parte de um projeto das forças armadas, que incorporou muitos atletas, de várias modalidades olímpicas. Represento assim, o Exército Brasileiro como 3 Sgt Josiane, em competições nacionais, internacionais, civis e militares. Além disso, tenho apoio do Governo Federal, do Governo do Estado do Pará e da Prefeitura de Belém através da Pará Segurança.
Como foi a disputa do Aberto do Canadá em que você conquistou a medalha de prata?
A competição foi de alto nível pois contou com a presença de grandes atletas do cenário internacional, principalmente da América. Ao todo, fiz 4 lutas. Na semi, venci no ponto de ouro. Na final, tive falhas no bloqueio e deixei a vitória escapar, perdendo por pontos. Vale ressaltar, que o México utilizou esta competição como seletiva para definir seus titulares no mundial deste ano.
Na Olimpíada, tivemos erros absurdos de arbitragem. Neste torneio no Canadá, a situação melhorou?
Infelizmente, erros de arbitragem ainda ocorrem nas competições de taekwondo, mesmo com a tecnologia já empregada e a mudança nas regras do esporte. Nesta competição não foi diferente. Presenciei uma decisão tendenciosa no ponto de ouro, contra uma atleta brasileira da minha equipe. Ainda assim, a maioria das lutas ocorreu sem questionamentos. O que observo é que os erros de arbitragem ocorrem com maior freqüência nos campeonatos nacionais.
A Confederação não bancou a viagem para o Canadá?Como você conseguiu os recursos?
A Confederação Brasileira de Taekwondo não bancou esta viagem. Retirei dinheiro de renda própria, para bancar os custos totais da competição (inscrição, passagem, hospedagem e alimentação).
A sua categoria foi disputada na última Olimpíada. Você sabe se as categorias são permanentes em todos os jogos, ou mudam?
Existem 4 categorias olímpicas no feminino e 4 no masculino, porém, o país precisa escolher apenas 2 do feminino e 2 do masculino para participar de uma seletiva olímpica. Os escolhidos ganham a chance de disputar uma vaga olímpica, portanto, a definição de quem participa dos Jogos Olímpicos parte da escolha de categorias pela Comissão Técnica. Nas Olimpíadas do Rio, teremos 4 vagas garantidas, mas 4 categorias ficarão de fora. Caberá à Confederação Brasileira escolher os participantes.
Quem é seu ídolo no esporte e como começou no Taekwondo?
Admiro o Anderson Silva como atleta, por sua forma de lutar, ousado, criativo, destemido. Lutador com perfil diferenciado. Comecei a prática do esporte,com apenas 8 anos de idade, juntamente com meu pai e meu irmão mais novo. Na verdade, enquanto os “homens da casa” iriam treinar, eu iria ter aulas de desenho e pintura, em frente à academia de taekwondo. Mas após assistir uma aula, decidi o que realmente queria. Em resumo, os dois desistiram e eu continuei na luta, persistindo até hoje.
Você tem boa estrutura para treinar no Brasil?
Definitivamente o Brasil não proporciona uma estrutura ideal de treinamento para a maioria dos atletas. Falando especialmente do Taekwondo, até hoje não temos, por exemplo, um centro com estrutura adequada (equipamentos, equipe multidisciplinar, alimentação, hospedagem) para receber atletas de outros países em intercâmbios e, até mesmo, para o treinamento da própria seleção brasileira. O que ocorre atualmente, na tentativa de minimizar essa problemática, é a união dos atletas formando equipes independentes. Cada grupo busca, por conta própria, apoio necessário para se manter. Hoje, faço parte da equipe Taewondo Olimpic, com sede no Rio de Janeiro, no comando do técnico Vander Valverde.
Quais seus principais objetivos em 2013?
Meu principal objetivo este ano é retornar para a seleção brasileira, pois após anos de seleção, perdi a seletiva que definiu a seleção 2013. Além disso, pretendo manter-me como primeira colocada no ranking nacional; espero conquistar mais medalhas internacionais e conseqüentemente, mais pontos no ranking mundial.
Cite seus patrocinadores e apoiadores?
Atualmente, faço parte de um projeto das forças armadas, que incorporou muitos atletas, de várias modalidades olímpicas. Represento assim, o Exército Brasileiro como 3 Sgt Josiane, em competições nacionais, internacionais, civis e militares. Além disso, tenho apoio do Governo Federal, do Governo do Estado do Pará e da Prefeitura de Belém através da Pará Segurança.
3 comentários:
Josiane Lima é uma grande atleta, conheço sua trajetória esportiva e sei o quanto ela é dedicada...representa muito bem o Pará e o Exército Brasileiro...continuaremos torcendo para que alcance seus objetivos, porque vencedora ela já é! Laura Sanches
Falar da Atleta Josiane Lima, não é fácil, é falar de um fenômeno, de uma Estrela que brilha Nacional e Internacionalmente, a cada pisada nos tatames do mundo à fora, nas pequenas e maiores competições de seu apaixonado esporte das artes marciais que é o Taekwondo. Com seu jeito Simples e meigo, mas com muita garra, coragem e vontade de vencer, desafia e conquista os melhores resultados da modalidade, poderia fazer melhor, não fosse a dura, e cruel realidade de arbitragem..... mas Sem dúvida, seu desempenho lhe faz imbatível, porque carrega na bagagem, a competência, a capacidade e seu jeitinho Paraense que só ela sabe fazer....por isso Josiane temos a honra em tê-la em nosso convívio, muita sorte e proteção divina!!!! Juraci e Cacio Lima,
A vida de Josiane Lima é repleta de objetivos de sonhos, de humildade, mas eu acredito que oque ela tem em seu sangue mesmo é RAÇA & ALEGRIA pra vencer e pra viver!! Um abraço e um beijo do Amigo ( CL4 )
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