ENTREVISTA DA SEMANA: POLIANA OKIMOTO

Minha entrevistada esta semana é nossa campeã mundial de maratona aquática e que está concorrendo ao prêmio Brasil Olímpico de melhor atleta do ano, Poliana Okimoto. Depois de não ir bem na Olimpíada, Poliana fez uma prova brilhante no mundial conseguindo o ouro. Nas respostas, a atleta de 30 anos  comenta sobre seu foco de agora em diante, como se manter no auge e a importância dos patrocinadores

1 - Em 2014 não temos mundial de esportes aquáticos. Você irá focar no circuito mundial? Quantas etapas pretende disputar?
Meu foco principal já é o Mundial de 2015, mas farei todo o circuito mundial no ano que vem.

2 - Confesso que seu ouro no mundial foi surpreendente. Passados alguns meses da conquista, o que foi mais importante para você conseguir o título?
Bom, primeiro foi ter voltado para São Paulo, ficar perto da minha família e contar com a ajuda de todos os familiares. Isso foi fundamental. Em relação à preparação, ter incluído o treinamento funcional na minha programação foi muito importante para ganharmos a medalha de ouro.

3 - Como tentar se manter no auge, até a Olimpíada de 2016?
Hoje, meu comprometimento com a natação é de 100%. Posso dizer que sou uma atleta profissional e que vou continuar me dedicando integralmente em busca do meu sonho maior que é a conquista da medalha olímpica.

4 - O que mais te agrada e o que é mais difícil na rotina de atleta?
R - Eu sou viciada em treinamento. Meu marido/técnico diz, em tom de brincadeira, que, quando eu for parar de nadar, vai ter que contratar um psicólogo (rsrs). Mas não vou negar que a rotina é bem regrada e isso cansa um pouco. Nós brincamos que nossa rotina é : treinar, comer e dormir (rs). Mas o mais difícil é deixar de comer "coisas" gostosas.

5 - Qual o local mais legal que já competiu e qual o pior, seja pelas condições da água ou do próprio local?
R - O mais legal acho que foi Hong Kong. Além de ser uma cidade diferente e exótica, me dá muita sorte. Fui para lá três vezes e ganhei as três provas. A que tive mais dificuldade foi Shantou, na China. O rio é barrento e cheio de "sujeiras".

6- A Fabiana Murer foi campeã mundial em 2011, não conseguiu repetir o desempenho em 2012 e 2013 e é muito questionada ( absurdamente é lógico) pelo torcedor comum ( aquele do futebol), que não acompanha o esporte no dia a dia. Você teme ocorrer o mesmo com você?
Olha, eu já passei muita coisa no esporte. Já perdi muito e já venci bastante também. Nunca desisti. Hoje, com 30 anos de idade e 24 anos competindo, me tornei campeã mundial. Luto e continuarei lutando com todas as minhas forças para realizar meus sonhos. A caminhada ainda é longa.

7- Você recebeu alguma premiação por parte da CBDA ou dos patrocinadores, por ter sido campeã mundial?
A premiação em dinheiro por causa do resultado no mundial é feita pela Fina. Em relação aos patrocinadores, espero ganhar um aumentinho agora, né. (rs). Mas não posso reclamar. Se hoje sou campeã mundial, devo muito a eles, que acreditam no meu trabalho há anos. Investiram em mim nos momentos bons e, principalmente nos ruins.

8- Cite quem te apoia e patrocina
R - Os patrocinadores são: Correios, Speedo, Sabesp, Exército Brasileiro e Minas Tênis Clube.
 

VELA- ROBERT SCHEIDT, O MITO

Já comentei algumas vezes que acho Robert Scheidt o maior atleta olímpico brasileiro de todos os tempos. O cara é um fenômeno mesmo. No que decide fazer, ganha. É um obcecado. Foi 9 vezes campeão mundial da classe Laser ( em 2002, tivemos 2 campeonatos mundiais) e duas vezes medalhista de ouro olímpico. Foi para a classe Star colecionar mais medalhas e títulos mundiais ao lado de Bruno Prada. Este ano com o fim da classe Star voltou a classe Laser. Começou com resultados modestos nos primeiros meses. Foi melhorando, obtendo pódios em semanas importantes de vela do calendário. E na competição mais importante do ano, aos 40 anos, volta a ser campeão mundial. Só faltou enfrentar o atual campeão olímpico Tom Singsby, que não disputou o mundial.  

 No campeonato disputado em Omã, Robert terminou com 29 pontos perdidos, 13 a menos que Pavlos Kontides, de Chipre, vice-campeão olímpico. O bronze ficou com Philipe Buhl, da Alemanha. Bruno Fontes foi 8º.  Das 12 regatas que disputou no mundial, Robert Scheidt venceu metade delas. Seus piores resultados foram  26º e  28º.  Não tenho mais palavras… é um mito.

VÔLEI- SELEÇÃO MASCULINA VOLTA A SER CAMPEà

E a seleção masculina de vôlei voltou ao alto do pódio de uma competição mundial, fato que não ocorria desde 2010, apesar de sempre estar entre as melhores. A campanha contou com nova derrota para a Rússia, de virada, por 3 sets a 2. Mas as outras 4 vitórias garantiram o título. Foram 3 sets a 0 contra Japão e EUA, 3 a 1 no Irã e 3 a 2 na Itália, no jogo que valeu o título. A Rússia perdeu de 3 a 1 para a Itália e por causa disso perdeu o título. O Brasil somou 12 pontos contra 11 da Rússia, 9 da Itália e 7 do surpreendente Irã.

Wallace e Lucão foram os destaques brasileiros na campanha. Foi o tetracampeonato do Brasil na Copa dos Campeões, disputada a cada 4 anos. Os outros títulos foram em 1997, 2005, 2009 e 2013.  Vale lembrar que apenas 5 jogadores da campanha deste ano estiveram na Olimpíada de 2012: Bruninho, Sidão, Lucão, Wallace e Thiago Alves.  Nomes como Murillo e Vissoto,  devem voltar a seleção nos próximos anos.

Resultado da enquete:
Você acha que o técnico Bernardinho deve deixar o esporte e se candidatar a governador do Rio de Janeiro?
77% não, 23% sim





HIPISMO SALTOS- DODA TERMINA EM 4º NO CHAMPIONS TOUR 2013
A temporada do Global Champions Tour, a F-1 do Hipismo Saltos, terminou em 2013 com a etapa do Catar. Doda Miranda ficou em 14º na prova com obstáculos a 1m60. O vencedor da etapa, também foi o melhor da temporada, Scott Brash, da Grã-Bretanha. Doda teve como melhores resultados o título da etapa de Valkenswaard  na Holanda e  o 3º lugar em Madrid. No ranking da temporada foi o 4º colocado.

MINHA ANÁLISE SOBRE OS MELHORES DO ANO NO ESPORTE OLÍMPICO BRASILEIRO

 O Comitê Olímpico Brasileiro irá premiar como acontece todo ano, os melhores do nosso esporte em cada modalidade, no dia 17 de dezembro.  Além disso haverá a entrega do Prêmio

Brasil Olímpico para os melhores do ano. Concorrem ao prêmio no masculino: Arthur Zanetti, Cesar Cielo e Jorginho Zarif.  No feminino, Poliana Okimoto, Rafaela Silva e Yane Marques.

Segue minha análise sobre as escolhas.
Prêmio Brasil Olímpico masculino : eu voto em Cielo no masculino pelo fato dele ter sido tricampeão mundial, após o bronze na Olimpíada. Meu 2º colocado seria o Jorginho Zarif. O título mundial da classe Finn foi o mais surpreendente do ano.  Em 3º o Arthur Zanetti, que também foi campeão mundial, mas não encontrou tantas dificuldades como no título olímpico, em relação a adversários.

Prêmio Brasil Olímpico feminino: eu voto em Poliana Okimoto, campeã mundial. A prova era dificílima e o título foi inesperado, devido aos resultados que ela vinha acumulando na carreira. Em 2º a Rafaela Silva, que foi brilhante no seu título mundial. O diferencial para a Poliana foi que competiu em casa. Em 3º a Yane Marques que teve outro ano incrível no pentatlo. 

Os melhores de cada esporte:
Atletismo – Mauro Vinicius da Silva. O principal nome do Brasil em um mundial que não ganhamos medalha foi o Carlos Chinin 


Badminton – Lohaynny Vicente. Concordo. A jovem atleta teve um ótimo 2º semestre.

Basquete – Tiago Splitter. Concordo. Mesmo reserva, foi finalista da NBA

Boxe – Robson Conceição. Concordo. Melhor brasileiro no mundial.

Canoagem Slalom – Ana Sátila. Poderia ser também o Pepe. Os 2 são os melhores do Brasil na modalidade

Canoagem Velocidade – Isaquias Queiroz. Perfeito. Não fossem os títulos mundiais dos finalistas do prêmio Brasil Olímpico poderia ser um dos indicados.


Ciclismo BMX – Renato Rezende. Concordo. Também poderia ser a Bianca Quinalha

Ciclismo Estrada – Rafael Andriato. Concordo.

Ciclismo Mountain Bike – Henrique Avancini. Concordo . Outra grande revelação do ano

Ciclismo Pista – Flavio Cipriano. Um dos poucos que se destacam na modalidade

Esgrima – Gabriela Cecchini. Sem destaques no adulto, a escolhida foi Gabriela, bronze no mundial cadete

Futebol – Neymar. Concordo


Ginástica Artística – Arthur Zanetti. Perfeito


Ginástica de Trampolim – Giovanna Matheus. Discordo. Essa escolha foi antes do mundial. Deveriam ter esperado um pouco e dado para a Camilla Lopes.


Ginástica Rítmica – Angelica Kvieczynski. Concordo


Golfe – Adilson da Silva. Concordo. É o melhor brasileiro no ranking mundial, ocupando a posição 247. 

Handebol – Alexandra Nascimento. Perfeito. Eleita a melhor do mundo na modalidade.

Hipismo Adestramento – Luíza Almeida. Concordo.

Hipismo CCE – Marcelo Tosi. Concordo

Hipismo Saltos – Doda. É o nosso melhor cavaleiro, mas pelo ano, eu daria o prêmio para a revelação Marlon Zanotelli

Hóquei Sobre Grama – Matheus Borges. Concordo 

Judô – Rafaela Silva. Concordo. Foi nossa campeã mundial.


Levantamento de Peso – Fernando Reis. Concordo. Foi bem no mundial.

Lutas – Joice Silva. Concordo. Continua sendo nossa melhor atleta.

Maratona Aquática – Poliana Okimoto. Concordo e voto como melhor do ano no feminino.

Natação – Cesar Cielo. Concordo e voto como melhor do ano no masculino.

Natação Sincronizada – Lorena Molinos. Concordo

Pentatlo Moderno – Yane Marques. Concordo, outro ano sensacional


Polo Aquático – Izabella Chiappini. Concordo, foi a melhor do Brasil no mundial.


Remo – Fabiana Beltrame. Concordo. Modalidade sumida há anos. 


Rugby – Julia Sardá. Concordo. É a capitã da seleção de Rugby Sevens.


Saltos Ornamentais – Cesar Castro. Concordo. Modalidade não revela novos nomes


Taekwondo – Guilherme Dias. Perfeito, foi bronze no mundial.


Tênis – Bruno Soares. Concordo, um dos melhores dualistas do mundo


Tênis de Mesa – Hugo Calderano. Perfeito. É o futuro da modalidade no Brasil


Tiro com Arco – Sarah Nikitin. Perfeito. Ficou entre as 8 melhores do mundial


Tiro Esportivo – Cassio Rippel. Concordo, mas também poderiam dar ao Rodrigo Bastos ou Roberto Schmits. 


Triatlo – Pâmella Oliveira- Discordo.  O Reinaldo Colucci merecia pelo 9º lugar no mundial.


Vela – Jorge Zarif. Perfeito. O título mundial mais surpreendente do ano. 


Vôlei de praia – Talita Antunes. Concordo. Compôs com Taiana a melhor dupla do ano


Vôlei - Thaisa Daher. Discordo. Fez um ótimo Grand Prix, mas como não atuou na Copa dos Campeões por contusão, eu escolheria a Fernanda Garay, que atuou em toda a temporada.

ENTREVISTA DA SEMANA: DANILO FAGUNDES- PENTATLO

 O entrevistado desta semana é o principal atleta do pentatlo brasileiro: Danilo Fagundes ocupa  a 67º posição do ranking mundial. Se no feminino, Yane Marques conseguiu uma espetacular medalha olímpica, no masculino o caminho para repetir o sucesso ainda é longo. Danilo Fagundes, aos 25 anos, tem tudo para representar o Brasil na Olimpíada de 2016. Ele respondeu a 8 perguntas

 1- Como você analisa sua temporada 2013? Ficou satisfeito com os resultados?
O ano foi bem intenso pra mim. Foram 7 competições internacionais. Puude melhorar muito tempos meus e com isso bater na trave na busca de uma final em Copa do Mundo. Além disso fui campeão brasileiro e subi no pódio no Pan da República Dominicana e no sul-americano. 

2- Como você virou um atleta de pentatlo? Já tinha praticado outras modalidades?
Foi por convite da confederação. Eu treinava natação e triatlo

3- A medalha olímpica da Yane Marques influenciou crianças e jovens a praticarem a modalidade? Em termos de patrocínios, você acha que a modalidade ficou mais conhecida ou nada mudou?
Com certeza a medalha ajudou. Muita criançaa me pergunta se eu treino com "aquela loirinha" (rs,rs,rs). Torna mais popular o esporte que foi criado para as Olimpíadas. Mas acredito que patrocinio pessoal ainda continua complicado.

4- Das modalidades do pentatlo qual a que você mais gosta e qual a que tem mais dificuldade?
Gosto mais de nadar e correr, acho que porque foi de onde vim. A esgrima hoje é onde tenho mais dificuldades.


5- Como é o o seu treinamento no Brasil para as provas do pentatlo, principalmente o hipismo em que é necessário um local específico?
A parte fisica de treino é feita diariamente. O hipismo faço uma vez na semana, no Centro Panamericano de Hipismo - Vila Militar.

6- No que você acredita que precisa melhorar para estar entre os 10 melhores do mundo?
A caminhada é dura e longa. Mas não existe segredo ou receita além do trabalho duro.

7- O que a Confederação poderia fazer para tornar o esporte mais conhecido?
Levar o esporte pra escola é a grande jogada. Não só futebol deve ser trabalhado na escola.

8- Cite quem te apoia e patrocina
Confederacao Brasileira de Pentatlo Moderno e
Ministerio dos Esportes-Bolsa Atleta

VÔLEI- SELEÇÃO FEMININA IMBATÍVEL

Se a Olimpíada fosse no mês que vem, um ouro seria garantido: o do vôlei feminino. Neste domingo, mais um título para as comandadas de José Roberto Guimarães, a Copa dos Campeões. E de forma invicta. Na campanha, o Brasil passou por Thailândia, EUA, Rep Dominicana, Rússia e Japão. Só perdemos um set para Rússia e Rep Dominicana. As americanas foram vice e as japonesas em 3º.  Fabiana foi eleita a melhor do torneio. Eu daria o prêmio para Fernanda Garay ou Sheilla. Em 2013 o Brasil disputou 5 torneios e venceu todos, incluindo o Grand Prix e agora a Copa dos Campeões. Ano que vem tem o campeonato mundial, único  título que nossa seleção não tem. Perdemos as duas últimas finais ( 2006 e 2010) para a Rússia.

Hoje o Brasil tem um grande elenco e não só 6 titulares. Nessa Copa dos Campeões não contamos com Dani Lins, Gabi e Thaisa, contundidas, além da campeã olímpica Jaqueline, grávida. A levantadora Fabíola que foi cortada da Olimpíada retornou. 

Parabéns a todas as meninas e principalmente ao obstinado técnico José Roberto Guimarães.

O elenco campeão:
Levantadoras: Fabíola, Claudinha
Meios de rede: Fabiana, Adenízia, Walewska e Carol Gattaz,
Pontas: Fernanda Garay, Natália, Michelle e Tandara
Líberos: Camila Brait e Fabi
Opostas: Sheilla e Monique 

VÔLEI: AGORA A VEZ DOS HOMENS

 Nesta semana é a vez da Copa dos Campeões masculina no Japão. Se no feminino somos imbatíveis, no masculino tentaremos mais uma vez superar a Rússia, que nos derrotou na final do Grand Prix e na Olimpíada. Italianos e americanos também serão adversários duríssimos.

O Brasil estréia terça-feira contra o Irã. Quarta-feira pegamos os EUA. Na sexta o adversário é o Japão. No sábado e domingo, os jogos que devem ser os decisivos contra Rússia e Itália.

As novidades da seleção são o levantador Rapha de 34 anos, que atua na Turquia e o ponteiro Lucas Loh que foi campeão mundial Sub-23. Da seleção vice-campeã da Liga Mundial não vão jogar Isac, Dante e Visotto.  Confira os convocados.

Levantadores: Bruno e Rapha
Opostos: Wallace e Evandro
Centrais: Lucão, Sidão, Eder, Maurício Souza
Ponteiros: Lucarelli, Maurício Borges, Thiago Alves, Lipe e Lucas Loh
Líbero: Mário Jr

VELA- COMEÇO DE MUNDIAL DE LASER EM OMÃ
Começou neste domingo o mundial da classe Laser, em Omã, que marca o retorno de Robert Scheidt, a classe em que foi 8 vezes campeão mundial. Após duas regatas ele está em 4º lugar, empatado com outros 3 velejadores. Robert foi 4º na 1º regata e 5º na segunda. A liderança é do britânico Nick Thompson que venceu uma regata e foi 2º na outra. Thompson já foi duas vezes vice-campeão mundial. Bruno Fontes é o 8º colocado

RESULTADO DA ENQUETE
Você é favorável que atletas com dupla nacionalidade possam defender o Brasil na Olimpíada de 2016?
88% sim, 12% não 

POLO-AQUÁTICO- SELEÇÃO MASCULINA TERÁ O MELHOR TÉCNICO DO MUNDO ATÉ 2016

 Nossa seleção masculina de polo-aquático tem novo técnico: é o croata Ratko Rudic, simplesmente tetracampeão olímpico. Ele ficará no comando até 2016. Sensacional esta contratação. A seleção brasileira tem um nível fraco em relação as potências européias como Croácia, Itália, Sérvia  e Hungria e também está abaixo no continente das seleções dos EUA e Canadá. Se não dá para sonhar com medalha olímpica, pelo menos servirá para melhorar a condição técnica e tática de nossos atletas e quem sabe terminar entre os 8 em 2016. Em outras modalidades como a canoagem e o handebol, técnicos estrangeiros de ponta deram certo. Em 2014 a seleção fará treinamentos na Holnda e disputar a Liga Mundial.  Rudic queria um desafio diferente de brigar por medalha de ouro e agora poderá desenvolver a modalidade em um país diferente. A seleção feminina também terá outro treinador, já que a americana Sandy Nitta foi demitida após não ter bons resultados em 2013.

OS ADVERSÁRIOS: ROBERT SCHEIDT- MUNDIAL DA CLASSE LASER 2013

Começa domingo o mundial da classe Laser de vela,  em Omã. Robert Scheidt está de volta a classe em que foi 8 vezes campeão mundial. Durante o ano de 2013, Robert conseguiu bons resultados como a prata nas Semana de Hyeres e de Kiel.  Mas agora é mundial, com várias feras da classe presentes. A única ausência é o atual  campeão olímpico e mundial Tom Singsby. Meu palpite é que Robert voltará campeão do país asiático.  Confira os principais adversários do grande fenômeno esportivo brasileiro.

Tom Burton- Austrália- número 1 do ranking mundial . Venceu a semana de Hyeres na França neste ano e foi vice na semana de Palma de Majorca. Foi 5º no mundial 2012

Phillipp Buhl- Alemanha- atual bicampeão da semana de vela de Kiel ( este ano,ficou a frente de Robert Scheidt) e campeão europeu em 2012

Tonci Stipanovic- Suécia- 4º colocado na Olimpíada de Londres. Vice-campeão mundial em 2012.

Pavios Kontides- Chipre-  medalha de prata na Olimpíada de Londres. Vice-campeão da etapa de Qingdao da Copa do Mundo em 2013. Não fez bons resultados depois de 2012.

Andy Maloney- Nova Zelândia - campeão da semana de Palma de Majorca em 2013 e 4º na Delta Lloyd.

Jesper Stallheim- Suécia- número 4 do ranking mundial. Foi bronze este ano na semana de Kiel e venceu a etapa de Miami da Copa do Mundo

Juan Maegli- Guatemala- 4º no último mundial

Nick Thompson- Grã-Bretanha- duas vezes vice-campeão mundial em 2010 e 2011. 

Bruno Fontes- Brasil- 13º na última Olimpíada. Foi 6º em Kiel e Hyeres esse ano. 

ENTREVISTA DA SEMANA: JAQUELINE FERREIRA- LEVANTAMENTO DE PESO

O principal nome do levantamento de peso no Brasil hoje, é Jaqueline Ferreira. Ela foi uma das surpresas brasileiras na Olimpíada, com a 8º colocação. Também foi vice-campeã mundial universitária.  No mundial do mês passado acabou sendo desclassificada na categoria 75kg. A atleta respondeu sobre o mundial, a realidade da modalidade no Brasil e  sua paixão pelo levantamento de peso, o LPO.

1- Como você analisa seu desempenho no mundial? Depois da Olimpíada em que você ficou em 8º com novo recorde brasileiro, esperava ter um resultado melhor?
O resultado foi ruim, apesar de estar bem treinada. Fiz em treino uma marca muito boa, e esperava bater os recordes brasileiros na competição. Mas infelizmente não me senti bem na hora da competição. Pela segunda vez competi a noite, e pude comprovar que meu corpo não reage bem nesses horários, já que não tenho o costume de me exercitar em horários noturnos. Estou trabalhando para superar essa minha deficiência e começando a treinar nesses horários.

2- Como você começou no levantamento de peso? O que você mais gosta e o que menos gosta na modalidade?
Comecei por acaso. Praticava atletismo no Centro esportivo de Duque de Caxias, e uma amiga chegou lá comentando que estava praticando o LPO.  Fui recebida pelo meu atual treinador Dragos Doru Stanica, que gostou do meu teste e logo me chamou para integrar a equipe dele.
O que mais gosto desse esporte e que ele te desafia a todo momento, essa coisa de você superar o próprio corpo e aquele peso, e uma coisa alucinante... O que não gosto é que dura muito pouco! São meses de treinamento para acabar em alguns minutos... As vezes da vontade de fazer mais de 3 tentativas.

3- Como uma atleta de levantamento de peso se prepara para chegar ao auge na principal competição do ano?
Levantando peso! ( rsrsrs…) Parece piada mas e verdade né! Na verdade envolve muitas coisas: uma boa periodização do treinamento, suplementação, cuidados com a saúde e outras coisas.

4- Na sua preparação, como é conviver com o medo de contusões?
Na verdade não tenho esse medo! Um atleta de Levantamento de Peso Olímpico normalmente só se machuca quando executa um movimento falho, ou muitas vezes por falta de concentração. Meu treinador prioriza muito a "boa técnica", fazemos bastante correções. Como ele mesmo diz, se você esta preparado e fizer um movimento "perfeito" o risco de se machucar é mínimo.

5- O levantamento de peso distribui muitas medalhas em Olimpíadas e ainda tem poucos praticantes no Brasil? O que você aconselharia para tentar atrair novos praticantes, principalmente entre jovens que hoje procuram academias.
Divulgação e esclarecimentos sobre o esporte, pois ainda há muito preconceito em relação a pratica dessa modalidade.

6- Hoje você vive do levantamento de peso ou tem outro trabalho fora? A verba que você recebe ( se é que recebe), dá para pagar as contas.
Vivo do Levantamento de Peso! Não da pra pensar em Olimpíadas o tempo com outras atividades. A única coisa que mal dá pra conciliar é o estudo, já que estou na minha segunda graduação e faço pós graduação também. A verba nem sempre é suficiente, mas da pra sobreviver.

7- Cite quem te apoia no esporte e se tem patrocinadores?
Atualmente recebo o apoio da Petrobras através da Confederação, do Ministerio do Esporte através do Bolsa Atleta e da Marinha do Brasil.

ROBERT SCHEIDT VOLTA A UM MUNDIAL DA CLASSE LASER

Começa domingo que vem o mundial da classe Laser de Vela, em Omã. Será o retorno de Robert Scheidt  a classe em que já foi 8 vezes campeão mundial e 3 vezes medalhista olímpico. Robert voltou a competir esse ano na Laser, após 8 anos na Star, que não é mais classe olímpica. Fez bons resultados em semanas de vela ao longo do ano, mas que nem todos os seus principais adversários estavam presentes. Agora, com exceção do campeão olímpico e mundial Tom Slingsby da Austrália, não estará presente. Será a verdadeira prova para sabermos em qual estágio está o nosso mais premiado atleta olímpico da atualidade. Além de Robert, Bruno Fontes e Matheus Dellagnelo também disputam o mundial. Durante a semana publicarei na série, OS ADVERSÁRIOS, as rivais de Scheidt.

LUTA- DAVI ALBINO É BRONZE NO ABERTO DE NOVA YORK
O Brasil levou 8 atletas para o Aberto de Nova York, tradicional competição do calendário internacional. Na categoria até 96kg, Davi Albino conquistou a medalha de bronze. O ouro ficou com Kevin Mejia, de Honduras. Joice Silva e Dailane Gomes fizeram ótimas campanhas, chegaram a disputar o bronze, mas perderam suas lutas. 

VÔLEI FEMININO- COPA DOS CAMPEÕES NESTA SEMANA
A partir da madrugada de terça-feira teremos no Japão a Copa dos Campeões com 6 seleções. O Brasil estréia contra os EUA, o mesmo que ocorreu nas finais do Grand Prix. Na quarta-feira nossa seleção pega a Thailândia. Na sexta-feira o adversário é a República Dominicana. No sábado a Rússia e no domingo o Japão. O Brasil é o grande favorito ao título. Só russas e americanas podem ameaçar.

HANDEBOL- SELEÇÃO CONVOCADA PARA O MUNDIAL

 Nossa seleção feminina tentará em dezembro uma inédita medalha no mundial da Sérvia. Depois de boas campanhas no mundial de SP 2011 e na Olimpíada, o técnico Morten Soubak anunciou as 16 jogadoras para a competição. Destas, 11 estiveram no último mundial. O destaque é Alexandra, melhor do mundo em 2012. Dani Piedade, que teve um AVC no ano passado, irá disputar a competição. A pivô Dara, disputará seu 5º mundial. Confira a lista:

Goleiras-  Bárbara e Mayssa
Armadoras- Amanda, Deonise, Duda Amorim e Karoline
Centrais- Ana Paula, Deborah e Mayara
Pontas- Alexandra, Fernanda, Jéssica e Samira
Pivôs- Dani Piedade, Elaine e Dara

GINÁSTICA TRAMPOLIM- COMO PREVISTO, BRASIL SEM ATLETAS NA FINAL DO MUNDIAL

 Uma modalidade em que o Brasil ainda engatinha no cenário mundial é a ginástica de trampolim. Se na artística, em que já tivemos um campeão olímpico, as condições de treinamentos não são as ideais, imagine no trampolim, que a maioria da população sequer sabe que existe... No mundial da Bulgária, o melhor resultado brasileiro foi de Camilla Lopes, em 27º entre 60 atletas. Por 3 posições ela não chegou a final. Joana Perez foi 35º e Giovanna Matheus, que era a principal esperança, apenas em 55º.  No masculino, Rafael Andrade foi 38º entre 90 atletas. Carlos Pala foi o 77º. 
 
RESULTADO DA ENQUETE
Pugilistas deveriam voltar a usar protetor de cabeça no boxe amador como acontecia até 2012?
63% sim, 37% não

BADMINTON- DUPLA FEMININA É PRATA EM ORLANDO
Mais uma boa campanha da dupla feminina Paula Pereira e Lohaynny Vicente, vice-campeãs do torneio de Orlando. Na final, perderam das americanas Jing Yu e Beiwen Zhang. Nas duplas mistas Daniel Paiola e Paula Pereira caíram nas semifinais. Fabiana Silva foi muito bem no individual simples, perdendo apenas para Iris Wang do EUA. O ouro ficou com Beiwen Zhang, dos EUA.

LARS GRAEL E KIKO PELLICANO- BRONZE EM 1996 NA CLASSE TORNADO

Momentos históricos do esporte brasileiro

A Olimpíada de 1996 em Atlanta, foi a que trouxe o melhor resultado para a VELA Brasileira. Além dos ouros de Robert Scheit na classe Laser e da dupla Torben Grael/ Marcelo Ferreira, na Star, tivemos um BRONZE, na classe Tornado com LARS GRAEL E KIKO PELLICANO. O Brasil ficou em 1º entre os países medalhistas na vela.

Lars já havia conquistado outro bronze, em 1988, ao lado de Nelson Falcão, na Star.  

Lars e Kiko começaram mal, com um 12º lugar na 1º regata e um 16º na 2º. Reagiram com vitória na 3º regata. Depois um 8º lugar,  um 6º e outro 8º. Na regata 7 ficaram em 2º lugar. Na regata 8 um 8º, seguido por um 3º e um 7º lugares. Na regata final, os brasileiros ocupavam a 5º colocação na classificação geral. Mas uma 3º posição foi suficiente para garantir o bronze.
O Ouro ficou com a dupla da Espanha Jose Ballester/ Fernando Leon que terminou com 30 pontos perdidos, sem vencer uma regata sequer, mas mantendo uma regularidade impressionante.

A prata com Mitch Booth/ Andrew Landenberger da Austrália com 42 perdidos, vencendo 3 regatas. A dupla brasileira ficou a um ponto da prata, com 43 perdidos. Mas tanto a dupla da Áustria, quanto da da Itália, que terminaram em 4º e 5º ficaram com 44 pontos perdidos. Foi um bronze suado.

ENTREVISTA DA SEMANA: LOHAYNNY VICENTE- BADMINTON

Uma garota de apenas 17 anos é o grande destaque na atualidade do badminton brasileiro. Seu nome é Lohaynny Vicente, carioca, que no último final de semana levou 2 ouros em duplas e uma prata no individual no Open da República Dominicana. Ela é a melhor brasileira no ranking mundial, em 113º.
A modalidade, nunca teve um atleta brasileiro em Olimpíada. Com os jogos no Rio, Lohaynny tem tudo para ser a nossa representante no torneio feminino. Ela começou a praticar o esporte por influência da sua irmã, Luana, em um projeto social na favela da Chacrinha. Ela respondeu a 8 perguntas

1- Como você avalia sua temporada 2013, a participação no Pan e suas 3 medalhas no Open da República Dominicana?
Estou indo muito bem esse ano e alcancei meus objetivos. O Pan para mim foi uma experiência enorme. Nunca tinha participado de um Pan adulto. Me mostrou que preciso trabalhar ainda mais.

2- Como você analisa o momento do badminton brasileiro e como está sua irmã Luana?
O Badminton está crescendo no Brasil. Não é muito conhecido mas já melhorou bastante. Com a Olimpíada no Rio, teremos mais valor ao esporte. Minha irmã ficou parada um tempo porque teve uma lesão no joelho.

3- No que você acredita que precisa melhorar no seu jogo?
Quem poderia responder melhor é meu técnico. Mas acredito que posso evoluir bastante pois tenho apenas 17 anos.

4- O Brasil nunca participou do torneio olímpico de badminton. Por ser no Rio em 2016, aumenta a motivação para ser a primeira brasileira da história a jogar está competição?
É um sonho de qualquer atleta brasileiro. Ver todos os familiares e amigos torcendo por você, não tem preço.

5- Você tem um nome diferente. Seus pais te explicaram como surgiu seu nome?
Nao foi bem meus pais que escolheram. Foi a mãe do meu pai. Mas até hoje eu não sei o porque do nome.

6- Onde você treina atualmente?
Treino diariamente com a seleção em Campinas. De manhã das 9h ao meio dia e a tarde das 15h as 17h30.

7- Como é seu entrosamento com sua parceira de duplas Paula Pereira?
 O nosso entrosamento é ótimo. Mas com a minha irmã Luana era melhor porque jogávamos desde pequenas juntas. Mas estou indo bem com a Paula.  

8- Cite quem te apóia e patrocina.
Confederação Brasileira e YONEX patrocinadora da seleção.

GINÁSTICA TRAMPOLIM- MUNDIAL DA BULGÁRIA NESTA SEMANA

Teremos a partir de quinta-feira mais um mundial de modalidade olímpica, desta vez o de ginástica de TRAMPOLIM. O Brasil contará com 5 representantes: Carlos Pala, Rafael Andrade, Camila Lopes, Giovana Matheus e Joana Perez.  Os brasileiros não sonham com medalhas. Chegar entre os 20 melhores já será um ótimo resultado. Vale lembrar que a modalidade entrou em 2008 na Olimpíada e o Brasil nunca conseguiu classificar um atleta. Giovana Matheus ficou em 26º no mundial 2011 e Carlos Pala em 30º. China, Rússia e Japão, dominam a modalidade.

BADMINTON- BRASIL CONQUISTA 8 MEDALHAS EM TORNEIO NA REPÚBLICA DOMINICANA.
Com nível técnico inferior ao Pan, os atletas brasileiros disputaram em Santo Domingo, o Open da República Dominicana. Foram 2 ouros, 4 pratas e 2 bronzes.  Lohaynny Vicente foi  o destaque participando de 3 conquistas: ouro nas duplas mistas com Alex Tjong, prata no individual e ouro nas duplas femininas com Paula Pereira. Esta semana tem o Us Open em Orlando. Daniel Paiola é cabeça de chave 6

RESULTADO DA ENQUETE
Na sua opinião, Nenê e Leandrinho, devem ser convocados para a seleção brasileira de basquete ?
66% sim, 16% só o Leandrinho, 8% só o Nenê, 8% não

BASQUETE- DEFINIDAS AS SELEÇÕES DO MUNDIAL FEMININO
O Japão venceu o campeonato asiático e junto com a Coréia, vice, e a China, 3º definiram as últimas 3 vagas para o mundial feminino do ano que vem na Turquia. As outras seleções classificadas: Brasil, Canadá, Cuba, EUA, Moçambique, Austrália, Angola, França, Espanha, Sérvia, Bielorrússia e Rep Tcheca. No masculino, somente no ano que vem a seleção brasileira saberá se será convidada para o mundial. São 14 seleções querendo 4 vagas.

HANDEBOL- SELEÇÃO MASCULINA EM 3º NA TUNÍSIA. 

 O mundial masculino já aconteceu em 2013, no início do ano. Mas a seleção brasileira que fez boa campanha na competição, disputou neste final de semana um torneio amistoso na Tunísia. Foram 2 empates contra Tunísia e Bielorrússia, e uma derrota por um gol para a Rússia, mesma seleção que nos eliminou do mundial. 
 
VÔLEI DE PRAIA- MARIA CLARA E CAROL BRONZE NA TAILÂNDIA.
Na etapa da Tailândia do circuito mundial, penúltima da temporada, o Brasil conseguiu bronze no feminino com Maria Clara e Carol, assumindo a vice-liderança do ranking, liderado por Taiana e Talita. O título da etapa ficou com Xue e Xia.