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segunda-feira, 15 de abril de 2013

ENTREVISTA DA SEMANA: HENRIQUE AVANCINI- CICLISMO MOUNTAIN BIKE

Henrique Avancinni, 23 anos, vive excelente fase e no último domingo assombrou grandes estrelas do mountain bike mundial. O brasileiro número 52 do ranking mundial venceu uma etapa da Bundesliga, o campeonato alemão, chegando a frente de José Hermida, espanhol que foi 4º na Olimpíada e Fabian Giger, 4º no ranking mundial, além dos franceses Maxime Marrote e Stephane Tempier. Na semana anterior, Avancini foi bronze no Pan-americano, a frente de Rubens Donizete, brasileiro que esteve na última Olimpíada. Ele respondeu a 6 perguntas, abordando o apoio a modalidade e seu estilo na modalidade.


1-  Você costuma partir para o ataque e liderar as provas. Essa é sua característica ou depende da prova?

É uma característica minha e sempre tento manter esta mentalidade e postura nas competições. O mountain bike olímpico é muito tático e o andamento da prova gera muitas situações inesperadas. Por isso é importante ser agressivo, mas importante é saber quando atacar.

2- Como está o apoio da Confederação e do COB para o mountain bike brasileiro? As entidades irão bancar sua participação em competições internacionais?

A Confederação vem ampliando o apoio ao MTB brasileiro e realizando boas ações nos últimos tempos. Mas ainda há pontos que poderiam ser melhorados. No Panamericano foi enviada uma grande delegação, com os melhores atletas do país. Porém a equipe de staff era pequena em relação ao tamanho da delegação. Viajei custeado e apoiado pelo COB e Confederação, porém fui acompanhado do meu mecânico e apoio pessoal, que foi custeado pela Caloi Elite Team, equipe a qual defendo. O investimento do COB está acontecendo e a Confederação está trabalhando em prol do desenvolvimento. Bastam alguns ajustes para que tudo flua melhor.

3- O Brasil tem bons locais para treinamento? Como é seu treinamento diário?

Possuímos lugares incríveis para a prática do MTB. Sou natural e residente de Petrópolis, na região serrana do Rio. A cidade e seu entorno é um verdadeiro paraíso de treinos e utilizo a região para realização dos meus treinamentos.  As atividades diárias são todas voltadas para buscar um ganho de desempenho. Chega um ponto que é complicado evoluir e então você tem que começar a viver o esporte integralmente. Os cuidados com a preparação devem virar rotina e o mais importante nesse processo é manter o prazer no trabalho. Caso contrário vira um processo muito estressante e sacrificante e fica impossível prosseguir.

4- No que você acredita que precisa melhorar para poder ser o representante brasileiro na Olimpíada de 2016?

Preciso melhorar em muitos pontos. Ser representante no Rio ou não, é uma questão secundária para mim. Logicamente sonho em fazer parte do maior evento esportivo do planeta, porém  não quero trabalhar  somente para me classificar para os Jogos do Rio 2016. Quero representar meu país com louvor. Já começamos um trabalho neste ano, buscando uma melhora significativa dentro deste ciclo olímpico. 


5- Como começou no mountain bike e o que mais te atrai na modalidade?

Comecei por incentivo do meu pai. Ele possuía uma loja de bicicletas e quando eu tinha 8 anos de idade, um cliente partiu uma bicicleta ao meio ao entrar na garagem com a bicicleta presa no teto do carro. Meu pai cortou essa bicicleta e soldou um quadro no meu tamanho. A bicicleta foi montada com as sucatas da oficina. Sem dúvida foi o melhor presente que já ganhei e acabou criando uma paixão pelo MTB que levo até hoje. Sou extremamente apaixonado pelo meu trabalho. A dedicação da preparação, a tensão das competições, as conquistas dos resultados, o contato com a natureza, as emoções da pilotagem, tudo isso me liga cada dia mais ao MTB. Para mim ser ciclista é um estilo de vida.

6- Cite seus patrocinadores e apoiadores.

Atualmente defendo a equipe "Caloi Elite Team", que é patrocinada pela Caloi e conta com os apoiadores: Continental, Fizik, Barbedo, Crank Brothers, Sram e Gu.

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