1- Como analisou sua participação na semana de vela brasileira e a vaga para a seleção na classe Laser Radial superando a Adriana Kostiw, que esteve na Olimpíada 2012?
Venho treinando forte desde setembro de 2012 e consegui conquistar o título de campeã brasileira em janeiro deste ano. A Semana Brasileira de Vela foi muito difícil, pois brigávamos diretamente entre nós, o que não ocorreu no brasileiro, pois largavam 70 barcos juntos. A Adriana é uma ótima velejadora, principalmente em ventos mais fortes e a minha grande dificuldade foi superá-la neste vento. Pela 1º vez faço parte da equipe Brasileira de Vela e acho que foi fruto de muito treino. Agora o foco é manter esse treinamento para continuar evoluindo e chegar ao nível das campeãs mundiais.
2- Você já competia na Laser Radial? Quais as principais características da classe?
Eu já competia mas não de forma profissional, pois estava, na época, cursando a faculdade. A classe Laser em geral é caracterizada por exigir muito fisicamente do velejador e também, por ser uma classe individual, precisa-se de uma boa tática e técnica, além do físico.
3- Como está a situação da Baia de Guanabara e o que esperar de melhoras do local para 2016?
A Baía de Guanabara encontra-se completamente poluída, visivel principalmente quando a maré está vazante. Com as fortes chuvas, o lixo é trazido pelas enchentes e vai tudo parar na Baía de Guanabara. Como é uma baía, a limpeza natural é muito mais difícil. Eu acho que uma simples despoluição não resolveria o problema. O que deveria ser feito é muito mais abrangente e envolve tanto um grande investimento por parte do governo quanto a consciência ambiental do povo carioca. Infelizmente não tenho muitas esperanças de melhoras para 2016.
4- Você é veterinária? Quantas horas diárias ou semanais, dedica a vela?
Sou veterinária, faço uma pós graduação em Clínica e Cirurgia em Equinos que ocorre 3 dias seguidos a cada mês. Além disso, não tenho exercido a profissão para me dedicar à vela. Meu treino físico é de segunda a sexta e o técnico/tático é de terça a sábado, totalizando em torno de 28 horas semanais.
5- Na vela, você gosta de competir sozinha ou poderia optar por alguma classe em que formasse uma dupla?
Eu já competi em outras Classes de equipe (Match Race) e dupla (420 e Snipe) anteriormente, mas confesso que prefiro o individual por ser mais desafiador e pelo silêncio (rsrsrs). Com o silêncio consigo trabalhar mais com a percepção, a parte mais sensorial. Mas achei a experiência de trabalhar em equipe excelente! Exige muito entrosamento e muita confiança na tripulação.
6- Qual a programação de competições para 2013 e no que você acredita que precisa melhorar para conseguir bons resultados internacionais?
Pretendo ir a um campeonato do Circuito Mundial da ISAF, ao Sul-americano no Chile e ao Mundial na China. Para começar, preciso de parâmetros internacionais e ver como estou me saindo em meio às melhores velejadoras do mundo para depois focar em treinamentos específicos.
7- O que você mais gosta e o que menos gosta na vida de atleta?
O que eu mais gosto é estar em contato com a natureza e, também, o desafio e a competitividade. O que eu menos gosto é a rotina, mas é necessária!
8- Quem são seus principais patrocinadores e apoiadores?
Eu sou velejadora da Marinha do Brasil e do Cota Mil Iate Clube e tenho o apoio da Academia Tio Sam de Niterói.
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