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domingo, 10 de março de 2013

CICLISMO BMX- BIANCA QUINALHA É 7º, EM PROVA DO GATOR NATIONALS,


Um bom resultado do Brasil no final de semana veio com Bianca Quinalha, que chegou a final e foi 7º colocada na prova de sábado do Gator Nationals, nos EUA, competição que valia pontos para o ranking mundial e reuniu os principais atletas da modalidade. A campeã olímpica Mariana Pajon da Colômbia, foi a vencedora.  No masculino Renato Rezende caiu nas semifinais. No domingo, nenhum brasileiro chegou a decisão.

RESULTADO DA ENQUETE:
O que você achou da exclusão da Luta dos Jogos Olímpicos de 2020?
69% contra, 31% a favor

FUTEBOL FEMININO- SELEÇÃO EMPATA 2 AMISTOSOS CONTRA A FRANÇA

Diante da boa seleção francesa, 4ª na última Olimpíada, a seleção brasileira empatou 2 amistosos nesta semana: 2 a 2 e 1 a 1. Um bom começo para o técnico Marcio Oliveira. O destaque foi a goleira Thais, que no segundo jogo ( substituindo Andrea) defendeu um pênalti  e fez defesas milagrosas.

ESGRIMA- TAIS ROCHEL É 40º NA ALEMANHA

O melhor resultado do Brasil na etapa da Alemanha  do circuito mundial veio com Thais Rochel, 40º no florete. A campeã foi Inna Deriglazova da Rússia. Gabriela Cecchini foi 100º e Christine Botros 107º, Mariana Daffner 131º, em penúltimo.

TRIATLO- COLUCCI É BRONZE NO PAN AMERICA CUP DO MÉXICO

Nosso principal triatleta, Reinaldo Colucci, foi 3º colocado na etapa do México da Pan America Cup, com o tempo de 1h56m15. A vitória foi do mexicano Vinicio Ibarra. Na prova feminina, o Brasil não teve representantes. A próxima etapa acontece em Sarasota, EUA, dia 16 de março

HÓQUEI NA GRAMA- VALE PELA EXPERIÊNCIA

A seleção brasileira feminina perdeu os 4 jogos que fez na etapa do Rio de Janeiro da Liga Mundial. A última derrota foi para Trinidad Tobago por 3 a 1. As outras derrotas foram de 5 a 1 para o Chile, 7 a 0 para a Escócia e 6 a 0 para os EUA
A seleção brasileira feminina encerrou com mais uma derrota, neste sábado, sua participação na segunda etapa da Liga Mundial, disputada em Deodoro, no Rio de Janeiro. Desta vez, as brasileiras perderam por 3 a 1 para Trinidad & Tobago, que também não havia vencido até então.

NATAÇÃO- BRUNO FRATUS VENCE PROVA EM MILÃO

Competindo no Troféo Cittá di Milano, Bruno Fratus venceu os 50 livres, com 22s23, a frente do italiano Luca Dotto, prata no último mundial.

NATAÇÃO- MAIS 4 ANOS DE COARACY…

Achei maravilhoso o texto da nadadora Joana Maranhão, no blog Swin Brasil, abordanda a milionésima reeleição de Coaracy Nunes, a frente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos. Até 2017 ele completará 29 anos no cargo. 
O esporte brasileiro precisa de mais Joanas. 
Segue:

“Vou mais uma vez falar (talvez o que não deveria por estar na ativa, por ser uma pública, por ter uma imagem, por estar em busca de patrocícios, etc).

Bom, eu não deveria falar por inúmeras raz ões, mas me perdoem, eu simplesmente não consigo!
 Conheci o senhor Coaracy Nunes ainda nas categorias de base, tenho foto com ele nas premiações do Kako Caminha, na época eu era só mais uma criança que sonha em nadar bem.
 Recebi a camisa de “você está pré convocado pros Jogos de 2004″ e guardei com carinho, as portas iam se abrindo, eu ia descobrindo meu talento na natação, então porque não acreditar?


No meu primeiro “ciclo” olímpico, – não posso bem chamar de ciclo porque em 2000 eu tinha 12/13 anos e não treinava pra estar em Atenas (não mesmo), mas quando comecei a despontar e ganhar campeonatos nacionais as portas se abriram pra mim – fui medalhista no Pan de 2003 e fiz o tão sonhado índice pra Atenas, BOOM! Aos 16, eu comecei a ganhar dinheiro, tinha patrocínio, tinha Correios, tinha apoio da prefeitura (projeto que passava pela CBDA), eu tinha tudo! Eu acordava, treinava, lanchava, voltava pra casa, almoçava e ia treinar de novo. Simples assim.

Nos Jogos de Atenas, tive um resultado maravilhoso, foi a melhor experiência de minha vida, mas logo após minhas provas pensei “preciso estudar e em Recife vai ser duro” ai decidi ir pros Estados Unidos. Ali eu conheci o presidente da confederação de verdade. Recebi um telefonema no dia de meu embarque e entre outras palavras foi dito “você vai nadar mal, vai se acabar e eu não vou mais te dar um centavo”. Fui mesmo assim, acho que ali comecei a entender como as coisas funcionavam e comecei a me descobrir.


Descobri entre outras coisas que eu não aguentava mais me calar (em relação a tudo, vida pessoal, infância, natação, tudo).
Como “filha” de Nikita eu comecei a falar e comecei a pagar bem caro por isso. Fui ensinada por ele desde cedo que natação não é só fazer um tempo, ser convocado e subir ao pódio; é deixar um legado, é agir corretamente e acima de tudo entender que a modalidade não é individual. Individual é só a competição, o resto é questão de senso comum.


No Panamericano de 2007 eu era a única atleta da seleção de natação a não receber patrocínio dos Correios, até as atletas das minhas provas classificadas com tempos piores do que o meu recebiam…
Em 2009, depois do Mundial de Roma, fomos todos convidados a ir a Brasília (somente 5 atletas recebiam dos Correios), numa rara situação de união nos juntamos e contamos a verdade para o presidente dos Correios. O resultado: todo mundo chegou em casa com contrato.


No último ciclo olímpico, minha mãe pegou um avião e foi até o Rio de Janeiro, eu já estava classificada para Londres e ela gostaria de solicitar (solicitar? achei que fosse direito adquirido mas enfim…) um patrocínio dos correios para que nossa situação financeira fosse aliviada (eu bancava do próprio bolso toda comissão técnica e isso me custava 8 mil reais por mês).
O senhor Coaracy abriu a porta de sua sala e disse “a senhora não marcou hora comigo, marque e volta em outro momento”.


Nessas palavras, naquele tom de voz que todos conhecemos.
Me desculpe, seu Coaracy, me xingue, me chame de ultrapassada, me tire do bolsa pódio, faça o que o senhor quiser, mas não seja grosseiro com minha mãe, com ela não, com ela eu não admito.
Fui pra Londres e conquistei uma semi-final, logo após os Jogos meu contrato de “patrocínio” dos Correios não foi renovado. Sei (porque é assim que as coisas funcionam, na surdina) que atletas que nem nos jogos estavam recebem patrocínio! Mas por algum motivo, eu não recebo…
O bolsa-pódio tem como um dos critérios: ser medalhista/finalista/semi-finalista em Londres e/ou estar no top 20 do ranking mundial da FINA. Opa, eu me encaixo ali! Posso contar com a bolsa?
Não, Joanna…no máximo 5 meses de Correios pra você calar a boca…


Bom, a minha boca eu não vou calar.
Me tirem patrocínios, roubem os meus direitos mas a minha voz, Seu Coaracy, esse o senhor não vai calar.
Serão mais 4 anos, não é isso?
Pensando bem vou nadar por mais 4, e nesses 4 anos vou continuar gritando as verdades que a maioria cala.”


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