A entrevista da semana é com o principal atleta do tiro com arco, hoje no Brasil: Daniel Xavier. Ele foi 33º no último mundial e tentará a vaga olímpica em abril no pré-olímpico continental. Antes, terá que passar pela seletiva nacional. Daniel Xavier, 29 anos, respondeu a 5 perguntas.
1- O resultado no Pan de Guadalajara chegou a ser decepcionante para o tiro com arco do Brasil, já que mantivemos o jejum de 28 anos sem medalhas?
O Pan de Guadalajara foi uma experiência incrível. O Brasil estava representado pelos melhores atletas da modalidade naquele momento: Fábio Emílio, filho do ultimo medalhista pan americano; Luis Gustavo Trainini, único representante brasileiro na Olimpíada de 2008; e eu, que fui o melhor brasileiro no mundial 2011. Estávamos enfrentando as melhores equipes de tiro com arco do mundo: EUA, México e Canada. O americano campeão do Pan, foi o mesmo que ganhou a Copa do Mundo e é um dos favoritos ao ouro olímpico. Tínhamos ainda o México que ficou entre os 4 melhores do mundo no último mundial e o Canadá, que tem um atleta, Jason Lyon, entre os 5 melhores do mundo. Ou seja foi um campeonato de muito alto nível. Me sinto honrado de ter conseguido o 5º lugar individual, diante de nomes tão renomados e que atiram profissionalmente a mais de 5 ou 6 anos, se dedicando 100% somente ao esporte. Alem disso o combate que eu fiz contra Serrano, nas quartas de final, sendo decidida somente na ultima flecha e por apenas um ponto mostrou a competência e seriedade que esta sendo feito este trabalho aqui no Brasil. Fomos reconhecidos por muitos países pela evolução que demostramos na competição. Há menos de 7 meses, éramos atletas amadores.
2- Como está sua preparação para o Pré-Olímpico em abril? Quais as chances de classificação, já que México, EUA e Canadá, já tem vaga?
Nós somos em 5 homens e 5 mulheres, os melhores do Brasil, concentrados em um centro de treinamento em Campinas. Temos a rotina de treinamentos diários de aproximadamente 6 horas de treinos técnicos, voltados para a melhora de rendimento no esporte. Se resume principalmente a muitos tiros, cerca de 400 a 600 por dia, além da preparação física, de 2 a 3 horas por dia. Tudo isso para chegarmos com as melhores condições possíveis para o desafio que será em abril no pré-olímpico. As chances de vaga principalmente no masculino são muito grandes. Como cada pais só pode conquistar uma vaga, teremos Colômbia (Daniel Pineda, bronze no Pan de Guadalajara), Cuba (Juan Carlos Stevens, várias olimpíadas), Venezuela ( Elias Malave, ficou em 6º lugar no ultimo pan-americano) e El Salvador ( Oscar Ticas). São 3 vagas para 5 países, incluindo é claro o Brasil. A vaga será para o país e posteriormente essa vaga será decidida por uma seletiva entre os atletas. Haverá ainda a 4º etapa da Copa do Mundo de onde sairão 6 vagas individuais e mais 4 equipes completas para Londres. Também iremos até lá para tentar as vagas por equipes.
3- O 33º lugar no mundial 20111, foi o melhor resultado da sua carreira? Conte sobre esse momento
O ano de 2011 foi meu melhor no Tiro com Arco. Fui 33º no mundial, 5º no pan e conquistei o campeonato brasileiro pela 5ª vez. Ainda tive o prazer de engressar nesse projeto Masterplan 2016 e virar um arqueiro profissional, tudo que sempre quis na minha vida. Apesar de não ter conquistado medalhas no panamericano, ressalto que é o começo de um trabalho que logo logo dará muitos frutos, pela qualidade com que está sendo desenvolvido.
4- Como está a situação hoje, para o treinamento dos atletas do tiro com arco? Você tem algum patrocínio? Como é a relação com a Confederação.
A situação melhorou muito. Eu pratico o esporte há 18 anos, estou com 29 anos, e acompanhei toda a evolução do esporte desde a criação da Confederação. O programa Masterplan 2016 é uma parceria entre a Confederação, COB e World Archery, que é o órgão máximo do esporte. Todos eles estão envolvidos no projeto que não engloba somente a seleção principal, mas também o desenvolvimento de novos talentos em centros esportivos e a procura de massificação do esporte através de escolas e Federações esportivas.
5- Como começou a praticar o tiro com arco, um esporte praticamente e infelizmente esquecido no Brasil.
O tiro com arco pra mim é um esporte muito familiar. Sou da Federação Mineira de Arco e Flecha e comecei a atirar acompanhando meu pai, que atira há quase 30 anos por lá. Eu e minha irmã começamos na mesma época em 1993. Desde então não paramos mais. Ela foi ao Pan de Winnipeg 1999 e acabou se casando há 2 anos atras com outro arqueiro Leonardo Carvalho, que já foi 10º lugar no Mundial em Madrid. Portanto, sempre vi o tiro com Arco um lugar familiar, com muitos amigos e confraternização, mas que agora se tornou um trabalho e a obsessão de conseguir bons resultados em 2016.
1- O resultado no Pan de Guadalajara chegou a ser decepcionante para o tiro com arco do Brasil, já que mantivemos o jejum de 28 anos sem medalhas?
O Pan de Guadalajara foi uma experiência incrível. O Brasil estava representado pelos melhores atletas da modalidade naquele momento: Fábio Emílio, filho do ultimo medalhista pan americano; Luis Gustavo Trainini, único representante brasileiro na Olimpíada de 2008; e eu, que fui o melhor brasileiro no mundial 2011. Estávamos enfrentando as melhores equipes de tiro com arco do mundo: EUA, México e Canada. O americano campeão do Pan, foi o mesmo que ganhou a Copa do Mundo e é um dos favoritos ao ouro olímpico. Tínhamos ainda o México que ficou entre os 4 melhores do mundo no último mundial e o Canadá, que tem um atleta, Jason Lyon, entre os 5 melhores do mundo. Ou seja foi um campeonato de muito alto nível. Me sinto honrado de ter conseguido o 5º lugar individual, diante de nomes tão renomados e que atiram profissionalmente a mais de 5 ou 6 anos, se dedicando 100% somente ao esporte. Alem disso o combate que eu fiz contra Serrano, nas quartas de final, sendo decidida somente na ultima flecha e por apenas um ponto mostrou a competência e seriedade que esta sendo feito este trabalho aqui no Brasil. Fomos reconhecidos por muitos países pela evolução que demostramos na competição. Há menos de 7 meses, éramos atletas amadores.
2- Como está sua preparação para o Pré-Olímpico em abril? Quais as chances de classificação, já que México, EUA e Canadá, já tem vaga?
Nós somos em 5 homens e 5 mulheres, os melhores do Brasil, concentrados em um centro de treinamento em Campinas. Temos a rotina de treinamentos diários de aproximadamente 6 horas de treinos técnicos, voltados para a melhora de rendimento no esporte. Se resume principalmente a muitos tiros, cerca de 400 a 600 por dia, além da preparação física, de 2 a 3 horas por dia. Tudo isso para chegarmos com as melhores condições possíveis para o desafio que será em abril no pré-olímpico. As chances de vaga principalmente no masculino são muito grandes. Como cada pais só pode conquistar uma vaga, teremos Colômbia (Daniel Pineda, bronze no Pan de Guadalajara), Cuba (Juan Carlos Stevens, várias olimpíadas), Venezuela ( Elias Malave, ficou em 6º lugar no ultimo pan-americano) e El Salvador ( Oscar Ticas). São 3 vagas para 5 países, incluindo é claro o Brasil. A vaga será para o país e posteriormente essa vaga será decidida por uma seletiva entre os atletas. Haverá ainda a 4º etapa da Copa do Mundo de onde sairão 6 vagas individuais e mais 4 equipes completas para Londres. Também iremos até lá para tentar as vagas por equipes.
3- O 33º lugar no mundial 20111, foi o melhor resultado da sua carreira? Conte sobre esse momento
O ano de 2011 foi meu melhor no Tiro com Arco. Fui 33º no mundial, 5º no pan e conquistei o campeonato brasileiro pela 5ª vez. Ainda tive o prazer de engressar nesse projeto Masterplan 2016 e virar um arqueiro profissional, tudo que sempre quis na minha vida. Apesar de não ter conquistado medalhas no panamericano, ressalto que é o começo de um trabalho que logo logo dará muitos frutos, pela qualidade com que está sendo desenvolvido.
4- Como está a situação hoje, para o treinamento dos atletas do tiro com arco? Você tem algum patrocínio? Como é a relação com a Confederação.
A situação melhorou muito. Eu pratico o esporte há 18 anos, estou com 29 anos, e acompanhei toda a evolução do esporte desde a criação da Confederação. O programa Masterplan 2016 é uma parceria entre a Confederação, COB e World Archery, que é o órgão máximo do esporte. Todos eles estão envolvidos no projeto que não engloba somente a seleção principal, mas também o desenvolvimento de novos talentos em centros esportivos e a procura de massificação do esporte através de escolas e Federações esportivas.
5- Como começou a praticar o tiro com arco, um esporte praticamente e infelizmente esquecido no Brasil.
O tiro com arco pra mim é um esporte muito familiar. Sou da Federação Mineira de Arco e Flecha e comecei a atirar acompanhando meu pai, que atira há quase 30 anos por lá. Eu e minha irmã começamos na mesma época em 1993. Desde então não paramos mais. Ela foi ao Pan de Winnipeg 1999 e acabou se casando há 2 anos atras com outro arqueiro Leonardo Carvalho, que já foi 10º lugar no Mundial em Madrid. Portanto, sempre vi o tiro com Arco um lugar familiar, com muitos amigos e confraternização, mas que agora se tornou um trabalho e a obsessão de conseguir bons resultados em 2016.
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