A entrevista desta semana é com Thiago Monteiro, 30 anos, experiente mesa-tenista brasileiro. Thiago ficou 18 meses sem jogar, por estar contundido e corria o risco de abandonar a carreira. Mas se recuperou e tentará vaga olímpica no Pré-Olímpico do Rio de Janeiro em março, para sua 3º Olimpíada. Thiago treina há 12 anos na Europa e descreve as dificuldades enfrentadas em todo o processo. Ele respondeu a 7 perguntas
1- Como você está fisicamente após a contusão e que análise você faz do ano de 2011?
Agora estou bem melhor! Fiquei no total 18 meses sem jogar de forma continua, ou seja, dentro desses 18 meses eu esbocei alguma volta aos treinos mas nunca passei de 10 dias. Não aguentava as dores. Apenas em setembro de 2011 voltei a treinar de forma continua. O 1º mês foi difícil mas aos poucos as coisas melhoraram. Hoje digo que o pior passou e a partir de agora posso estabelecer metas mais precisas e ser mais exigente. Em 2011, alguns médicos condenaram minha carreira (por sorte eu tive outros que acreditaram até o fim que eu jogaria novamente!) e só o fato de eu ter voltado a jogar profissionalmente foi a maior vitoria. Ouro no Pan foi só a cereja no bolo, assim como o titulo brasileiro. Eu agradeço a todos os médicos, fisioterapeutas, meu clube, CBTM, parceiros de treino e família pela confiança depositada. Acho que nessas circunstâncias eu me sai bem, ajudando meu clube na Liga francesa e tendo boas participações nos torneios que disputei.
2- Depois do titulo por equipes no Pan, a desclassificação de todos os mesa tenistas brasileiros, antes das semifinais no individual, chegou a ser um surpresa?
Sim, foi uma surpresa já que nos tínhamos nível pra chegar nas medalhas como nos Pans anteriores. Deixamos bastante energia na competição por equipes e falando pela minha pela minha participação, tenho que dar o mérito ao meu adversário ( Marcos Madrid do México) que jogou bem nesse dia, estava num momento bom. Eu demorei a achar soluções no jogo. Não saquei nem recebi muito bem esse dia. Coisa que acontece, embora eu não tenha tantas recordações de ter feito muitos jogos assim.
3- Como você avalia o atual nível técnico do tênis de mesa nas Américas. Será mais difícil agora, conseguir classificação olímpica?
O nível das Américas vem crescendo. Há uma mudança de gerações e jogadores novos, com melhor acesso a bons treinos, informações e intercâmbio estão surgindo. Normal que com o tempo seja sempre mais difícil classificar, seria falta de inteligência esperar o contrario. Também o fato de estarmos sempre nos enfrentando ajude a equilibrar o nível. Hoje em dia vários desses adversários no Pré-Olímpico treinam pela Europa. Mas nós brasileiros também temos boas condições de treino e chegaremos com chances reais de classificação.
4- Tecnicamente, qual sua maior deficiência e que precisa ser melhorada, visando uma boa participação em Londres 2012.
Na verdade eu tenho que primeiro ter total confiança na minha capacidade física, o que eu consegui nesse fim de ano, pra pensar na parte técnica. Acho que no geral, tenho que continuar trazendo coisas novas pro meu jogo pra ter mais soluções contra qualquer adversário e ao mesmo tempo fazer melhor o que eu já faço bem.
5- Você está há um bom tempo jogando na Europa. Qual a sua idade, tem saudades do Brasil e até quando pretende jogar tênis de mesa?
Estou com 30 anos, jogo na Europa desde os 18 anos, quando fui para a Suécia em 1999. Morro de saudades do Brasil mas dentro da filosofia de trabalho que eu acredito, enquanto eu for jogador eu fico aqui. Acho que a exigência das competições, dos treinos que tenho aqui eu não conseguiria no Brasil. Hoje até que daria pra conciliar pois nossa Confederação tem melhores condições, os jogadores vem pra Europa com maior frequência com as despesas pagas. Quando eu era mais novo, morar na Europa era o único jeito de ter intercâmbio.
6-Qual o maior prazer e o que mais cansa, na vida de atleta?
No geral tudo é prazeroso. O parte que me cansa, ou pelo menos já me cansou mais, era ter que viajar em péssimas condições, principalmente logo que eu cheguei aqui, quando pagava do bolso pra ir aos torneios. Acabava tendo que ficar nos piores hotéis, albergues ou dividindo quarto duplo com 6 pessoas pra aliviar nos custos, comendo mal. Hoje, isso passou. Então no geral, o que me incomodou mais ultimamente foi lutar com as lesões, jogar com dor.
7- Conte como é o dia de um mesa-tenista em um clube da Europa. Quantas horas de treino na mesa, quanto tempo de treino físico e como o público europeu acompanha o esporte?
No momento as coisas estão diferentes pra mim nesse período pós lesão. Agora tenho treinado 1 período na mesa, só parte técnica e uma período parte física. Mas no geral são dois períodos de mesa, das 9h30 às 12hrs e à tarde de 16h30 até a hora que acabar, geralmente as 20h, 20h30. Entre essas duas sessões os jogadores fazem parte física ou algum treino extra que acharem necessário. O publico aqui acompanha muito mais do que no Brasil. Nos jogos do meu clube chegamos a ter 500 pessoas assistindo e em alguns anos anteriores, na Liga dos Campeões, a sala tinha 1.500 pessoas.
1- Como você está fisicamente após a contusão e que análise você faz do ano de 2011?
Agora estou bem melhor! Fiquei no total 18 meses sem jogar de forma continua, ou seja, dentro desses 18 meses eu esbocei alguma volta aos treinos mas nunca passei de 10 dias. Não aguentava as dores. Apenas em setembro de 2011 voltei a treinar de forma continua. O 1º mês foi difícil mas aos poucos as coisas melhoraram. Hoje digo que o pior passou e a partir de agora posso estabelecer metas mais precisas e ser mais exigente. Em 2011, alguns médicos condenaram minha carreira (por sorte eu tive outros que acreditaram até o fim que eu jogaria novamente!) e só o fato de eu ter voltado a jogar profissionalmente foi a maior vitoria. Ouro no Pan foi só a cereja no bolo, assim como o titulo brasileiro. Eu agradeço a todos os médicos, fisioterapeutas, meu clube, CBTM, parceiros de treino e família pela confiança depositada. Acho que nessas circunstâncias eu me sai bem, ajudando meu clube na Liga francesa e tendo boas participações nos torneios que disputei.
2- Depois do titulo por equipes no Pan, a desclassificação de todos os mesa tenistas brasileiros, antes das semifinais no individual, chegou a ser um surpresa?
Sim, foi uma surpresa já que nos tínhamos nível pra chegar nas medalhas como nos Pans anteriores. Deixamos bastante energia na competição por equipes e falando pela minha pela minha participação, tenho que dar o mérito ao meu adversário ( Marcos Madrid do México) que jogou bem nesse dia, estava num momento bom. Eu demorei a achar soluções no jogo. Não saquei nem recebi muito bem esse dia. Coisa que acontece, embora eu não tenha tantas recordações de ter feito muitos jogos assim.
3- Como você avalia o atual nível técnico do tênis de mesa nas Américas. Será mais difícil agora, conseguir classificação olímpica?
O nível das Américas vem crescendo. Há uma mudança de gerações e jogadores novos, com melhor acesso a bons treinos, informações e intercâmbio estão surgindo. Normal que com o tempo seja sempre mais difícil classificar, seria falta de inteligência esperar o contrario. Também o fato de estarmos sempre nos enfrentando ajude a equilibrar o nível. Hoje em dia vários desses adversários no Pré-Olímpico treinam pela Europa. Mas nós brasileiros também temos boas condições de treino e chegaremos com chances reais de classificação.
4- Tecnicamente, qual sua maior deficiência e que precisa ser melhorada, visando uma boa participação em Londres 2012.
Na verdade eu tenho que primeiro ter total confiança na minha capacidade física, o que eu consegui nesse fim de ano, pra pensar na parte técnica. Acho que no geral, tenho que continuar trazendo coisas novas pro meu jogo pra ter mais soluções contra qualquer adversário e ao mesmo tempo fazer melhor o que eu já faço bem.
5- Você está há um bom tempo jogando na Europa. Qual a sua idade, tem saudades do Brasil e até quando pretende jogar tênis de mesa?
Estou com 30 anos, jogo na Europa desde os 18 anos, quando fui para a Suécia em 1999. Morro de saudades do Brasil mas dentro da filosofia de trabalho que eu acredito, enquanto eu for jogador eu fico aqui. Acho que a exigência das competições, dos treinos que tenho aqui eu não conseguiria no Brasil. Hoje até que daria pra conciliar pois nossa Confederação tem melhores condições, os jogadores vem pra Europa com maior frequência com as despesas pagas. Quando eu era mais novo, morar na Europa era o único jeito de ter intercâmbio.
6-Qual o maior prazer e o que mais cansa, na vida de atleta?
No geral tudo é prazeroso. O parte que me cansa, ou pelo menos já me cansou mais, era ter que viajar em péssimas condições, principalmente logo que eu cheguei aqui, quando pagava do bolso pra ir aos torneios. Acabava tendo que ficar nos piores hotéis, albergues ou dividindo quarto duplo com 6 pessoas pra aliviar nos custos, comendo mal. Hoje, isso passou. Então no geral, o que me incomodou mais ultimamente foi lutar com as lesões, jogar com dor.
7- Conte como é o dia de um mesa-tenista em um clube da Europa. Quantas horas de treino na mesa, quanto tempo de treino físico e como o público europeu acompanha o esporte?
No momento as coisas estão diferentes pra mim nesse período pós lesão. Agora tenho treinado 1 período na mesa, só parte técnica e uma período parte física. Mas no geral são dois períodos de mesa, das 9h30 às 12hrs e à tarde de 16h30 até a hora que acabar, geralmente as 20h, 20h30. Entre essas duas sessões os jogadores fazem parte física ou algum treino extra que acharem necessário. O publico aqui acompanha muito mais do que no Brasil. Nos jogos do meu clube chegamos a ter 500 pessoas assistindo e em alguns anos anteriores, na Liga dos Campeões, a sala tinha 1.500 pessoas.
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