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terça-feira, 21 de junho de 2011

ENTREVISTA DA SEMANA- FILIPE FUZARO- Tiro esportivo



A entrevista da semana é com um dos poucos atletas que já tem vaga garantida em Londres: FILIPE FUZARO, do tiro esportivo. Ele obteve a vaga no Pré-Olimpico disputado no final de 2010 no Rio de Janeiro. Aos 28 anos, ele obteve a vaga na fossa duble.

1- Você participou de algumas etapas da Copa do Mundo este ano. Faça uma analise da sua atuação e a importandia dessas competições?

Este ano participei das etapas no Chile e na Australia. No Chile comecei bem, empatado em 1º lugar com mais 4 atiradores e terminei mal, acho que em 35º lugar. Nesta etapa percebi que tenho chances reais de competir de igual para igual com os melhores do mundo, só preciso me preparar mais. Na Australia atirei mal, não consegui me adaptar bem ao campo de tiro, tivemos pouco tempo de treino lá.

2- Você já está classificado para Londres 2012 com mais de um ano de antecedência. No que isso é bom e no que é ruim?

Ter conseguido a vaga com antecedência só tem a ajudar, pois com isso estou conseguindo me preparar mais e melhor. Nas modalidades de tiro esportivo o mais importante é controle emocional e treinamento.

3- Qual é o resultado que você espera alcançar na Olimpíada que o deixaria satisfeito?

Sempre que entro em uma competição espero ganhar, mesmo sabendo que tem atiradores mais bem preparados que eu. Em Londres não vai ser diferente, mas se ao menos conseguir subir ao pódio já estou satisfeito.

4- Como começou a praticar a modalidade? Quem o apoia?

Comecei esta modalidade com mais seriedade em 2004, antes eu só praticava por hobby aos finais de semana. Meu pai sempre foi meu grande apoiador, inclusive comecei a atirar porque ele já era atirador. Toda minha família e amigos me apoiam e isso é um grande estimulo.

5- Como analisa a situaçao do tiro esportivo no Brasil hoje?

A modalidade encontra muitas dificuldades neste momento. Desde a burocracia cada vez maior em podermos comprar armas, transportá-la, comprar munições, até em incentivos governamentais que nunca são suficientes para preparar melhor as equipes já que o tiro esportivo é um pouco caro.

Um comentário:

Edgar Pinheiro disse...

É uma vergonha a forma que nossa confederação trata o esporte. Sou atirador, campeao N-NE e 3o no brasileiro em minha modalidade e me sinto totalmente desmotivado pelas atuais condições do esporte. Nossa confederação nao apoia e sim desestimula, demite nosso tecnico, impede a importação de cartuchos, ja que a unica fabricante nacional vende por um valor exorbitante um cartucho de péssima qualidade. Queremos resultado e queremos treinar, mas infelizmente a CBTE e a CBC inviabilizam o esporte no brasil.É UMA VERGONHA!