1- Como você avalia seu ano até agora com o 7º lugar na Copa do Mundo em Munique e ouro nos Jogos Sul-Americanos? Comente também sua participação na etapa da Eslovênia?
O ano passado não foi proveitoso para o desenvolvimento de minha técnica. Tive pouco tempo para treinar e acabei me lesionando. Entretanto, desde o carnaval deste ano, estou conseguindo manter um ritmo adequado de treino e contando com o acompanhamento de um técnico qualificado que está me ajudando a melhorar meu desempenho. Logo em minha primeira prova internacional neste ano - os Jogos Sul-americanos em Santiago, obtive boas pontuações e terminei em 1º lugar. A 7ª colocação em Munique e logo em seguida, o 13º lugar em Maribor/Eslovênia, mostraram-me que estou trilhando o caminho correto e que tenho boas chances de me desenvolver ainda mais.
2- Como está o apoio da Confederação e do COB para que você dispute competições internacionais?
Faço parte do chamado Time Olímpico da CBTE e, por essa razão, tenho minhas despesas de transporte, hospedagem e alimentação custeadas por essa entidade em minhas competições internacionais.
3- Comente sobre sua prova de pistola de tiro rápido 25 metros. Quais as principais características?
É uma prova bem peculiar dentro do Tiro Esportivo . A prova é constituída de duas partes iguais, nas quais são realizadas 2 séries de cinco tiros no tempo de 8 segundos, 2 séries de cinco tiros no tempo de 6 segundos e, finalmente, 2 séries de cinco tiros no tempo de 4 segundos, ou seja, 30 disparos em cada parte, totalizando 60 tiros na prova. Há cinco alvos que estão dispostos a 25 metros do atirador e cada disparo na série tem que ser realizado em um alvo diferente. As características principais são a atenção redobrada para a execução das séries, tendo em vista que os tiros são realizados mediante comando da arbitragem e é obrigatório que se atire naquele momento; a execução do ritmo correto dos disparos para cada um dos tempos de série; e, devido à mudança de alvos, a coordenação do movimento do tronco com o acionamento do gatilho para cada tiro.
4- O que você mais gosta e o que menos gosta na vida de atleta?
Gosto de treinar visando a melhoria da técnica e de buscar objetivos desafiadores para tentar superar minhas marcas pessoais. O que menos gosto é do pouco contato familiar em virtude das viagens para treinamentos ou competição.
5- Na sua prova, o Brasil já tem a vaga para 2016? Como será o critério para a escolha do representante já que o Julio Almeida também tem bom ranking?
Nominalmente, sim. Entretanto a vaga será decidida pelos melhores atiradores em 2016. O critério deverá ser eminentemente técnico, baseado em resultados em competições e seletivas nacionais.
6- Num esporte em que a concentração é fundamental, como é a sua preparação para uma prova?
Minha preparação é meu treinamento com seriedade e dedicação. Isso me dá mais confiança para me superar nas competições.
7- As etapas de Copas do Mundo de tiro esportivo dão premiação aos melhores atletas?
Não.
8- Cite quem te apoia e patrocina?
Não possuo patrocínio.
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