1- Que análise você faz da campanha brasileira na Copa América? Foi natural o time jogar com tranquilidade na primeira fase e oscilar nos jogos mata-mata?
Acho que sim, pois era um grupo muito novo. Jogadoras sem nenhuma experiência internacional. Isso acontece, mas gostaria que não tivesse acontecido.
2- Na hora dos pedidos de tempo nos jogos decisivos, vi você com um estilo José Roberto Guimarães, que procurava acalmar a equipe. É o que você costuma fazer ou as vezes vale mais apelar para o estilo Bernardinho, mais agressivo?
Acho que tenho um pouco de cada. Nesses jogos precisei acalmar as jogadoras, por isso fui mais tranqüilo. Mas meu estilo é mais enérgico. Sempre em cima dos fatos que estão acontecendo. Mais Bernardino. ..kkk
3- Você tem alguma garantia da Confederação que comandará a seleção até 2016 ou depende da colocação no mundial?Não. Tenho contrato até o mundial, com renovação para a Olimpíada. Quero fazer um super trabalho de renovação e montar uma equipe para muitos anos.
4- Tanto no Pan de Guadalajara ( Damiris) como na Copa América ( Adrianinha), o Brasil perdeu jogos decisivos nos últimos segundos com arremessos errados. É melhor "definir" uma jogadora ( como acontecia com o Oscar) para chutar essa bola final ou quem estiver em melhor posição define.
Acho muito difícil nos dias de hoje fazer uma situação que apenas uma jogadora defina as jogadas finais.O esporte evoluiu muito e fica cada vez mais complicado essa definição. Mas os grandes talentos sempre vão aparecer.
5- Você ficou satisfeito com o desempenho das atletas que entraram na seleção agora como Patrícia e Tatiane?
Fiquei muito feliz com a evolução que elas tiveram. Mas acho que agora vão precisar crescer mais, para se firmarem no basquete internacional.
6- A Iziane ainda pode voltar a seleção?
Todas as grandes jogadores podem ser usados na seleção. Preciso sempre avaliar a necessidade do grupo.
7- O que a Confederação pode fazer para melhorar a modalidade?
A confederação está trabalhando para melhorar o basquetebol, mas é preciso haver uma política esportiva no pais, começando nas escolas. Ai vai haver mais praticantes e também surgirem mais clubes com basquete. Acho que é necessário uma junção de fatores para aumentar o número de jogadoras no Brasil.
8- Como você, atleta do masculino, foi para o basquete feminino? É mais fácil ou difícil trabalhar com mulheres no dia a dia.
Vim do masculino. Agora estou muito feliz com as conquistas também no feminino. Trabalhar com as mulheres é muito bacana. Elas buscam os seus limites sempre.
9- Você é favorável a participação da seleção brasileira masculina por convite para o mundial?
Claro que sim, quero ver a minha adora modalidade em todas competições internacionais.
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