Cesar Castro é o melhor atleta brasileiro de saltos ornamentais. Em Athenas 2004 foi finalista, ficando em 9˚ lugar. Em Pequim terminou em 24˚. Terminou 2010 como o 5˚ melhor do mundo na prova de trampolim 3 metros. Aos 30 anos, Cesar respondeu a 6 PERGUNTAS abordando renovação no esporte, chances de medalha em Londres 2012, início como atleta, nervosismo em Olimpíada e muito mais.
1- Porque ao contrário de algumas modalidades, não vemos renovação de atletas brasileiros nos saltos ornamentais? Tem a ver com a preocupação dos pais em permitirem que seus filhos pratiquem o esporte?
Acho que não. Penso que a renovação nos saltos ornamentais é proporcional ao número de escolinhas de saltos no Brasil. Como podemos achar que a modalidade vai se renovar a cada 4 anos se atualmente no Brasil possuimos apenas 8 piscinas em 4 estados com escolinhas funcionando? Infelizmente praticar saltos no Brasil é um privilégio de poucas crianças, diferentemente dos chineses e americanos que podem praticar e vivenciar a modalidade nos intervalos das aulas no colégio.
2- Você tem conseguido nos últimos anos ficar entre os melhores do mundo. O que falta tecnicamente para você sonhar com uma medalha olímpica?
O que faltava ainda era uma serie de saltos mais competitiva para estar no podio. Atualmente tenho focado meus treinos na melhora desses saltos mais difíceis, mas que ainda precisam melhorar para que eu chegue lá.
3- Existe algum tipo de discriminação da arbitragem na hora de dar notas, por você ser de um país sem tradição no esporte ( antes da era Daiane e Daniele Hypólito, as ginastas reclamavam muito sobre isso)
Bem pouco. Percebo que atualmente a FINA possui um quadro de juizes seletos que estão constantemente em treinamentos para evitar quaisquer problemas dessa natureza.
4- Porque você decidiu praticar saltos ornamentais? Havia sido nadador antes?
Exatamente. Antes eu nadava na Secretaria de Esportes do Distrito Federal e 1 vez por mês os professores nos liberavam para brincar nos trampolins. Aos poucos fui percebendo que minha unica motivação na natação era esperar o dia dos saltos até que um dia o professor Giovani Casilo resolveu me convidar para praticar o esporte.
5- Você já esteve em Olimpíada. Na hora de competir a sensação é diferente? Um estreante olímpico fica mais nervoso?
Eu confesso que dá um nervosismo sim. Normalmente ele ele vem misturado com a adrenalina e ansiedade da competição. Após o primeiro salto da competição a tendência é ir ficando mais calmo. Com certeza um estreante sente mais que algum atleta que já foi outras vezes.
6- Conte sobre sua rotina de treinamentos e se tem patrocinadores
Atualmente treino 6 dias na semana que são divididos em 2 turnos. Basicamente realizo treinos técnicos na piscina e no ginásio de saltos (muito parecido com o ginásio de ginastica olímpica). Tenho acompanhamento nutricional, psicológico e massagem 1 vez por semana em média. Agradeço aos meus patrocinadores Mackenzie, Time Rio e Correios, que estão me dando todo o suporte necessário para que eu consiga desenvolver meus saltos e buscar sempre o meu melhor.
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