A entrevista da semana é com a judoca gaúcha Maria Portela, um dos destaques do nosso judô feminino. Ela tem 23 anos, foi prata na etapa da Austria da Copa do Mundo e esteve nos dois últimos mundiais. Fã de Leandro Guilheiro, Maria Portela sonha em disputar sua primeira Olimpíada. Ela respondeu a 5 PERGUNTAS
1- A primeira medalha obtida pelo judô feminino em 2008 com a Ketlyn Quadros trouxe alguma mudança para o judô feminino no Brasil? Mais apoio de patrocinadores? Menos pressão pela primeira medalha?
A primeira medalha da Ketleyn Quadros com certeza abriu as portas para o judô feminino começar a ser visto com potencial para mais medalhas olimpicas. O judô feminino está evoluindo, estamos participando de mais competições em nível mundial o que nos proporciona um ritmo de competição forte. Hoje temos mais investimentos.
2- Que tipo de adversárias são piores de se enfrentar para você : asiáticas, européias ou cubanas? Porque?
Tanto as asiáticas,francesas e cubanas são adversárias fortes que enfrentamos, mas eu acredito que as asiáticas por possuirem a caracteristica de ser rápidas são mais complicadas.
3- No que você precisa melhorar tecnicamente para conseguir chegar a Londres 2012 e sonhar com uma medalha.
No esporte de alto rendimento, os detalhes fazem muita diferença. O conjunto é fundamental. Hoje eu acredito que para melhorar meu desempenho devo acreditar mais no potencial dos meus golpes, arriscando mais ataques na luta.
4- Como um judoca encara o " medo de contusões" por se tratar de uma modalidade de tanto contato físico?
Nenhum atleta quer se machucar, muito menos próximo a uma Olimpíada. Então procuramos fazer um treinamento por períodos, juntamente com a comissão técnica visando um bom desempenho em competições importantes e a recuperação.
5- Qual a sua rotina de treinamentos? O que mais cansa nesta rotina?
Eu faço 2 treinos diários de segunda a sexta. Sendo que segunda, quarta e sexta faço treinamento físico. Terça e quinta treinamento técnico pela manhã e todos os dias a noite treino tático, onde fazemos handori. A minha rotina de treino, apesar de ser rotina, é prazeroza. Treino com uma equipe com mais ou menos os mesmo objetivos, onde um incentiva o outro e a semana passa tão rápido que nem percebo.