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quarta-feira, 3 de outubro de 2007


Enquanto a maioria dos esportes olímpicos completará seus classificados para a Olimpíada em 2008, uma modalidade já tem seus participantes definidos. É o Tiro Esportivo. O Brasil será representado por 2 atletas: o paulista Stenio Yammamoto na prova de pistola 50 metros e o carioca Julio de Almeida ( foto) na pistola de ar.
O tiro esportivo possui 15 provas nos Jogos Olímpicos, sendo o terceiro esporte em distribuição de medalhas, ficando atrás somente do atletismo e da natação. A classificação para a Olimpíada é bem diferente de outras modalidades. As vagas são distribuidas durante os 3 anos que antecedem a competição. A ISSF, International Shooting Sport Federation ( a FIFA do tiro) estabelece no início do ciclo olímpico, o número de vagas para os jogos que acontecerão 4 anos depois. Estas vagas giram em torno de 400, que são rateadas pelas 15 provas do programa. Elas são distribuidas através das Copas Mundiais, Campeonato Mundial, Campeonatos das Américas e Jogos Continentais, no caso do Brasil, os Jogos Pan-Americanos.
Stenio Yamamoto é dentista, tem 45 anos, foi vice-campeão da Copa do Mundo de Munique, realizada neste ano. A habilidade manual como dentista foi fundamental para se aperfeiçoar no esporte. Já Julio Almeida, 38 anos, major aviador da Aeronáutica foi vice-campeão pan-americano no Rio de Janeiro. Treina duas horas por dia e depois de conseguir a vaga passou a se dedicar ainda mais. Nas provas de pistola, o alvo é fixo, colocado a uma certa distância do atirador. Em um bom dia, qualquer um dos dois pode surpreender e conquistar um ótimo resultado olímpico.
O tiro ao alvo deu a primeira medalha de ouro da história para o Brasil, em 1920, com Guilherme Paraense. Na ocasião, os brasileiros tiveram seus equipamentos roubados e competiram com munição doada pela equipe norte-americana. Quase 90 anos se passaram e nunca mais o tiro rendeu medalhas ao Brasil. Desde 1992 não tinhamos representantes nas provas de bala da Olimpíada. Em 2004, Rodrigo Bastos, outro dentista, representou o tiro brasileiro, mas nas provas de prato, ficando em décimo quarto lugar. As principais potências mundiais do esporte são a China, Rússia, Alemanha, Austrália e Estados Unidos.

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