SELEÇÃO FEMININA DE VÔLEI NA COPA DO MUNDO DO JAPÃO.

Tem início nesta sexta-feira, dia 2 de novembro, a Copa do Mundo feminina de vôlei, no Japão। Serão 12 países brigando por 3 vagas para a Olimpíada। O sistema de disputa é idêntico ao do campeonato brasileiro de futebol: todos contra todos e os 3 melhores colocados carimbam o passaporte para Pequim। O Brasil estréia contra a Polônia, em Hamamatsu e jogará também em Sendai, Kumamoto e Nagoya

Após a traumática derrota nas semifinais da última Olimpíada, a seleção passou por uma reformulação. Nos anos de 2004, 2005 e 2006, o Brasil teve excelente desempenho: 3 títulos do Grand Prix, um título da Copa dos Campeões e o vice-campeonato mundial. Porém,em 2007, tudo deu errado: perdemos o Pan para Cuba e terminamos num pífio quinto lugar no Grand Prix, apanhando até de velhas freguesas como Holanda e Itália. Nessas competições, o Brasil sentiu demais a falta da atacante e melhor jogadora de recepcão Jacqueline, suspensa por doping. Outro problema foi a falta de tranquilidade para pontuar em momentos decisivos de algumas partidas.
Para a Copa do Mundo, o técnico José Roberto Guimarães já conta com Jacqueline no grupo. A experiente Fofão, também está de volta no levantamento. Completam o grupo de convocadas a líbero Fabi, a levantadora Fabiola, as meio de rede Fabiana, Waleska, Thaisa e Carol Gattaz; e as pontas Paula Pequeno, Sheilla, Sassá, Joycinha e Natália.
Duas das principais forças do vôlei mundial não estarão na Copa do Mundo : a Rússia, atual campeã mundial ( não se classificou no Pré-Olímpico europeu) e a China. Assim, os principais adversários serão Cuba, Itália e Sérvia. Também enfrentaremos EUA, Japão, Coréia, Peru, República Dominicana, Polônia, Quênia e Thailandia. Em caso de novo fracasso, o Brasil ainda poderá se classificar em um torneio continental em 2008. Mas temos tudo para garantir a vaga agora.
O título da Copa do Mundo ( realizada a cada 4 anos ) é inédito para o vôlei feminino brasileiro, que foi vice-campeão em 1995, 2003 e terceiro em 1999.

MUNDIAL DE GINÁSTICA DE TRAMPOLIM

A ginástica terá seu último mundial pré-olímpico de 2007. Após as competições de artística e rítmica chegou a vez do MUNDIAL DE TRAMPOLIM, de 29 de outubro a 3 de novembro, em Quebec, no Canadá. Noventa e quatro atletas no masculino e 68 no feminino estarão buscando vagas para Pequim 2008.
Ao contrário das outras modalidades da ginástica, no trampolim o Brasil ainda engatinha। No Pan, apenas Giovana Matheus obteve uma medalha de bronze। Ela estará no Canadá e é nossa principal esperança de bom resultado। Completam a equipe Bruna Garambone, Thiago Cardoso, Gabriel Machado, Carlos Pala Ramirez e Rafael Andrade, o principal nome do masculino, mas que não foi bem no Pan। Uma classificação brasileira para Pequim é improvável. O mundial terá outras provas valendo medalhas como o duplo mini trampolim e o tumbling ( espécie de ginástica de solo em linha reta), porém apenas a de trampolim acrobático é disputada na Olimpíada. A Rússia é a principal força da ginástica de trampolim, principalmente devido a Irina Karavaeva ( foto), tetracampeã mundial.
O trampolim acrobático entrou no programa olímpico em 2000, com disputas no individual masculino e feminino. Os russos ficaram com dois ouros em 2000, mas foram surpreendidos em 2004, por Yuri Nikitin da Ucrânia e Anna Dogonadze, da Alemanha. Os atuais campeões olímpicos estarão em Quebec, garantindo um ótimo nível para a competição.
O trampolim chegou ao Brasil em 1975. Em 1990, na Alemanha, participamos pela primeira vez de um mundial, mas até hoje não conseguimos medalha ou classificação olímpica. O aparelho onde são executados os movimentos é conhecido como “cama elástica”. O atleta adquire altura (cerca de 5 metros ) e estabilidade com saltos preliminares. Então inicia a execução de 20 elementos técnicos, sem interrupções.
Vale lembrar que o Brasil já garantiu vaga em Pequim na ginástica artística, quando obteve um brilhante quinto lugar no quadro geral de medalhas. Estão classificados, a equipe completa do feminino ( liderada pela medalhista de bronze Jade Barbosa) e Diego Hipólito ( campeão mundial de solo) no individual masculino. Também está confirmada a equipe de ginástica ritmica, décima primeira colocada no mundial.

MUNDIAL DE BOXE, SEM CUBANOS, VALENDO VAGAS PARA PEQUIM

Chegou a vez do boxe brasileiro tentar classificar atletas para a Olimpíada. De 23 de outubro a 3 de novembro, acontece em Chicago, o Campeonato Mundial de Boxe Amador. Os 8 melhores pugilistas das categorias de 48kg até 81kg, e os quatro melhores das categorias 91kg e + 91kg garantem vaga em Pequim. O mundial será o maior da história, com 693 atletas de 121 países. Cuba, com medo das deserções de atletas, principalmente pela competição ser nos Estados Unidos, resolveu não participar. Como o país é a maior potência da modalidade, aumentam as chances de classificação para o Brasil.
Cada país só pode enviar ao mundial 8 atletas। Com isso, a comissão técnica brasileira, comandada por José Carlos Soares, acabou cortando 3 pugilistas da seleção। A equipe é quase a mesma que disputou o Pan e conseguiu 8 medalhas, incluindo a histórica de ouro, com Pedro Lima, fato não ocorria há 40 anos। Pedro tem 24 anos, compete na categoria até 69kg e será a grande estrela do Brasil em Chicago। Em toda a história olímpica, o boxe brasileiro tem uma única medalha de bronze, obtida por Servilio de Oliveira em 1968।
Outros atletas que também foram medalhistas no Pan estarão no mundial : James Dean Pereira ( 54 kg), Everton Lopes ( 60kg), Myke Carvalho ( 64kg), Davi Souza ( 57kg) e Rafael Lima ( 91kg). Completam a equipe Washington Silva ( 81kg) e Gildelson Oliveira ( acima de 91 kg). Aliás uma polêmica em relação a Gidelson. Ele tinha resultados mais expressivos do que Rogério Minotauro, mas não participou do Pan porque o adversário era mais famoso.
Sem Cuba, as principais forças do mundial de boxe serão Estados Unidos e os países do leste europeu. Os pugilistas brasileiros que não conseguirem vaga neste mundial ainda poderão tentar classificação em um torneio nas Américas em 2008.


Marcelo Romano
www.brasilnaolimpiada.blogspot.com

BRASIL CLASSIFICADO NA GINÁSTICA RITMICA E ARTÍSTICA PARA PEQUIM

A ginástica brasileira vive um momento excelente. Nos mundiais realizados em setembro, nossos atletas conseguiram vaga olímpica tanto na ginástica ritmica quanto na ginástica artística.
A equipe de ginástica rítmica, ouro no Pan, terminou em décimo primeiro lugar no mundial da Grécia. Os dez primeiros colocados garantiam vaga direto em Pequim. No entanto, a Federação Internacional de Ginástica atribuiu as outras duas vagas ao Brasil, que será o único representante das Américas, e à Grécia, que ficou na 12ª colocação.
A equipe brasileira foi totalmente reformulada em relação a que obteve o oitavo lugar na última olimpíada. O sexteto principal tem hoje Daniela Leite, Tayanne Mantovaneli, Luisa Matsuo, Marcela Menezes, Nicole Muller e Natalia Sanchez. Nas disputas individuais, não conquistamos classificação. Os 12 países que disputarão a Olimpíada são: Rússia, Italia, Bielorrussia, Bulgaria, Espanha, Israel, Japão, Ucrânia, China, Azerbaijão, Brasil e Grécia
Já na ginástica artística o desempenho no mundial foi muito melhor e temos dois atletas com chances de brigar pela inédita medalha olímpica para a modalidade: Diego Hipólito e Jade Barbosa. No mundial da Alemanha, o Brasil conseguiu o melhor resultado da história com o quinto lugar no quadro geral de medalhas, com um ouro e um bronze, atrás apenas de China, EUA, Alemanha e Eslovênia e a frente das potências Rússia e Romênia.
No feminino conseguimos a classificação da equipe, com 6 ginastas para a
olimpíada, graças ao quinto lugar na disputa. Jade Barbosa liderou a equipe, sendo a melhor em todos os aparelhos e também o grande destaque na disputa individual com o bronze. O ouro surgiu no masculino com Diego Hipólito, que já havia ganho em 2004, na prova de solo. A equipe masculina não conseguiu classificação. A grande revolução na ginástica brasileira aconteceu a partir da chegada do vitorioso técnico ucraniano Oleg Ostapenko, que deixará o Brasil após 2008. Que isso sirva de exemplo para outras confederações, que tem receio de investir em técnicos estrangeiros.
Com a classificação da ginástica o Brasil conta com 112 atletas, de 13 modalidades, qualificados para os Jogos de Pequim 2008.

Enquanto a maioria dos esportes olímpicos completará seus classificados para a Olimpíada em 2008, uma modalidade já tem seus participantes definidos. É o Tiro Esportivo. O Brasil será representado por 2 atletas: o paulista Stenio Yammamoto na prova de pistola 50 metros e o carioca Julio de Almeida ( foto) na pistola de ar.
O tiro esportivo possui 15 provas nos Jogos Olímpicos, sendo o terceiro esporte em distribuição de medalhas, ficando atrás somente do atletismo e da natação. A classificação para a Olimpíada é bem diferente de outras modalidades. As vagas são distribuidas durante os 3 anos que antecedem a competição. A ISSF, International Shooting Sport Federation ( a FIFA do tiro) estabelece no início do ciclo olímpico, o número de vagas para os jogos que acontecerão 4 anos depois. Estas vagas giram em torno de 400, que são rateadas pelas 15 provas do programa. Elas são distribuidas através das Copas Mundiais, Campeonato Mundial, Campeonatos das Américas e Jogos Continentais, no caso do Brasil, os Jogos Pan-Americanos.
Stenio Yamamoto é dentista, tem 45 anos, foi vice-campeão da Copa do Mundo de Munique, realizada neste ano. A habilidade manual como dentista foi fundamental para se aperfeiçoar no esporte. Já Julio Almeida, 38 anos, major aviador da Aeronáutica foi vice-campeão pan-americano no Rio de Janeiro. Treina duas horas por dia e depois de conseguir a vaga passou a se dedicar ainda mais. Nas provas de pistola, o alvo é fixo, colocado a uma certa distância do atirador. Em um bom dia, qualquer um dos dois pode surpreender e conquistar um ótimo resultado olímpico.
O tiro ao alvo deu a primeira medalha de ouro da história para o Brasil, em 1920, com Guilherme Paraense. Na ocasião, os brasileiros tiveram seus equipamentos roubados e competiram com munição doada pela equipe norte-americana. Quase 90 anos se passaram e nunca mais o tiro rendeu medalhas ao Brasil. Desde 1992 não tinhamos representantes nas provas de bala da Olimpíada. Em 2004, Rodrigo Bastos, outro dentista, representou o tiro brasileiro, mas nas provas de prato, ficando em décimo quarto lugar. As principais potências mundiais do esporte são a China, Rússia, Alemanha, Austrália e Estados Unidos.

IZIANE "ENTERRA" O BRASIL

No Pré-Olímpico de basquete feminino, disputado no Chile, o Brasil não passou de um terceiro lugar. Na primeira fase, jogos fáceis contra Argentina, Chile e México.O jogo que valia era a semifinal contra Cuba. O Brasil liderou o jogo nos dois primeiros quartos. No terceiro, Cuba reagiu e chegou a abrir vantagem de 10 pontos, devido a muitos erros de ataque das brasileiras. No período final o Brasil teve tudo para vencer. Faltando 20 segundos, nossa principal jogadora errou dois lances livres, quando o placar estava apenas 1 ponto de vantagem para Cuba. Logo em seguida o Brasil ainda pegou o rebote, mas novamente Iziane arremessou da linha de 3 pontos e nem o aro acertou. Para mim é absurdo jogador de basquete errar lance livre, principalmente armadores e alas. O primeiro fundamento que qualquer jogador de basquete precisa treinar é o lance livre. Oscar, Hortência, Paula, Marcel, Janeth, tinham um aproveitamento quase perfeito na bola parada. Treine mais Iziane, para um dia você ser a líder que o Brasil precisa।
Mesmo que o Brasil tivesse vencido, perderia a final para os EUA, mas a derrota para Cuba serve de lição para que no Pré-Olímpico de junho de 2008, o técnico Paulo Bassul tenha todas as jogadoras de bom nível( que sobraram) a disposição, com os retornos de Adrianinha e principalmente das pivôs Érika e Kelly. Sem pivôs e sem uma jogadora que desequilibre, vamos ficar fora da Olimpíada, também no feminino.

MUNDIAL DE CICLISMO- Murillo Fischer conseguiu um excelente vigésimo primeiro lugar na prova de estrada do mundial de ciclismo, disputado em Stuttgart, neste domingo, dia 30/09. Renato Seabra e Luciano Pagliarini não completaram a prova. Já no feminio Clemilda Fernandes ficou em trigésimo primeiro, sendo a melhor brasileiras. As provas foram vencidas por italianos. No masculino, Paulo Bettini ( atual campeão olímpico) conquistou o bi e no feminino vitória de Marta Bastianeli.