O Brasil era tricampeão mundial de futebol em 1958,1962 e 1970. Mas em Olimpíadas jamais tinha conquistado uma medalha. Em 1952 caímos nas quartas de finais para a Alemanha. Em 1960, 1964 e 1968 , fomos eliminados na 1º fase. Em 1972 a pior campanha da história, um 13º lugar. Em 1976 batemos na trave com um 4ª lugar.
Em 1984, Jogos de Los Angeles, a dificuldade dos times liberarem seus jogadores fez com que a direção da CBF levasse o time do Internacional como base após recusa do Fluminense. Foram 11 jogadores da equipe gaúcha e mais 6 de outras equipes, comandados pelo técnico Jair Picerni. O desacreditado time fez uma ótima campanha, chegando pela 1º vez a uma medalha: a prata. Os destaques do time eram o goleiro Gilmar Rinaldi, o volante Dunga, o meia Gilmar Popoca e o atacante Kita. Gilmar, na época no Flamengo foi eleito o melhor jogador da competição
A campanha: Brasil 3 x 1 Arábia Saudita, Brasil 1 x 0 Alemanha Ocidental, Brasil 2 x 0 Marrocos. Nas quartas de finais Brasil 1 x1 Canadá (gol de Gilmar Popoca e vitória brasileira por 5 a 3 nos penais). Nas semifinais Brasil 2 x 1 Itália ( gols de Gilmar Popoca e Ronaldo). A Itália tinha Baresi, Zenga e Serena. Na final derrota por 2 x 0 para a França, que tinha alguns jogadores campeões da Eurocopa anterior.
O elenco de 17 jogadores teve: Goleiros- Gilmar Rinaldi ( que anos mais tarde seria campeão mundial com o São Paulo) e Luiz Henrique Zagueiros- Pinga, Mauro Galvão ( campeão da Libertadores com o Vasco anos mais tarde) e Davi Laterais- Ronaldo, André Luiz e Luis Carlos Winck Volantes- Dunga e Ademir Meias- Gilmar Popoca ( na época no Flamengo, era apontado como o novo Zico), Tonho Gil, Milton Cruz ( hoje na comissão técnica do São Paulo) e Paulo Santos Atacantes- Kita ( campeão paulista em 1986 pela Inter de Limeira), Silvinho e Chicão
Treinador- Jair Picerni
Reveja 2 vídeos: a difícil vitória de 1 a 0 contra a Alemanha na fase de classificação ( narração do gênio Osmar Santos) e a derrota na final para a França
A entrevista da semana é com o técnico Carlos Negrão, que já comandou a seleção brasileira, além de ter comentado a modalidade para a TV Record na última Olimpíada. Atualmente trabalha na Secretaria de Esportes de São Caetano do Sul e dirige a equipe de taekwondo da UNIP. Negrão também lançou recentemente o livro: Taekwondo Fundamental. O técnico e especialista dá uma aula sobre a situação da modalidade no Brasil.
1- Como você analisa o atual momento do taekwondo brasileiro após a Olimpíada de Londres? Temos novos valores com potencial para brigar por medalhas em grandes competições neste ciclo olímpico? Estamos em um momento de transição com muita incerteza. A proximidade com os Jogos Olímpicos facilita a captação de recursos e patrocínios e a comunidade internacional tem cada vez mais interesse de organizar e de participar de eventos no Brasil. Por outro lado o conflito, que ocupa inclusive os meios de comunicação, entre a Confederação e algumas federações cria um clima de incerteza e atrapalha bastante o foco da confederação nos assuntos desportivos. No taekwondo, o Brasil é um celeiro de grandes atletas e certamente temos novos valores, com grande potencial. 2- Como foi o último ciclo olímpico? O trabalho feito no ciclo olímpico 2008- 2012 deixou muito a desejar. Tivemos uma grande queda em resultados internacionais tanto com os atletas da equipe principal como com os juvenis. Para termos bons resultados nestes próximos 4 anos a nova comissão técnica terá que trabalhar com muita inteligência e dinamismo aproveitando muito bem o pouco tempo que resta até os Jogos Olímpicos. 3- Você acredita que Natalia e Diogo tenham condições físicas de ainda representarem o Brasil na próxima Olimpíada? Só o tempo dirá como eles vão reagir a um novo ciclo de treinamentos, concentrações, viagens competições, etc. Fisicamente a Natália esta se recuperando de uma lesão séria, mas como é muito determinada e dedicada nada é impossível para ela. O Diogo parece estar bem fisicamente, mas o que me preocupa é a motivação e a condição emocional destes atletas. O mais difícil vai ser manter estes atletas focados unicamente nas suas funções de atleta. Como o Brasil não vai produzir uma nova Natália ou um novo Diogo nestes 4 anos acredito que a participação deles é muito importante e que a confederação deveria trabalhar para que eles cheguem bem em 2016 ou que pelo menos possam contribuir na preparação dos novos atletas. Não posso deixar de acrescentar que tão importante quanto Diogo e Natália, são os atletas Marcio e Marcel Wenceslau. O retrospecto deles é impressionante. Embora não tenha participado dos Jogos Olímpicos, por injustiça da arbitragem, Marcio Wenceslau foi o nosso melhor atleta nestes últimos quatro anos e assim como Diogo e Natália, me parece motivado para mais um ciclo olímpico. 4- O Brasil foi extremamente prejudicado pelas arbitragens em Londres. Que trabalho a Confederação Brasileira precisa fazer nos próximos anos para que isso não se repita em mundiais e Olimpíadas? A arbitragem é o calcanhar de Aquiles do Taekwondo. As competições atraem um público cada vez maior, mas a atuação dos árbitros é sempre questionada. Este fato tem explicação: Historicamente a arbitragem no Taekwondo sempre foi contaminada pela política, desde o primeiro campeonato mundial no inicio da década de 70. Outro motivo é que o Taekwondo é um esporte de pontuação interpretativa. Os árbitros dão e retiram os pontos de acordo com sua interpretação. O Brasil tem um histórico de quase não ter árbitros internacionais atuantes e de ter uma atitude apática diante dos erros da arbitragem. Sempre que havia uma decisão difícil envolvendo o Brasil e outro país, os árbitros sabiam que se dessem a vitória para o outro país, não haveria nenhum tipo de reclamação por parte do Brasil. Precisamos rgentemente formar árbitros internacionais e envia-los para as competições importantes e passar a protestar, de forma legal porém determinada, contra os erros de arbitragem que o prejudicam. E nestes pontos estamos muito atrasados.
5- No Pan disputado pós Olimpíada tivemos o atleta Guilherme Dias conquistando o ouro. É um atleta com potencial de buscar medalhas em competições mundiais? E a Katia Arakaki? Sim o Guilherme Dias é uma das grande promessas. Ele não possui grande experiência internacional, mas tem um grande talento. Já a Kátia Arakaki, é uma atleta pronta e experiente que já demonstrou, dentro do Brasil, ser uma atleta de nível olímpico. Porém nas competições internacionais, seus resultados poderiam ser melhores. Com perfis muito diferentes são dois candidatos a equipe olímpica de 2016. 6- Quais as maiores dificuldades do taekwondo brasileiro hoje? É muito difícil falar das resumidamente das dificuldades do Taekwondo brasileiro. Falta profissionalismo e sobra política. Temos bons atletas e bons técnicos, mas os técnicos não tem autonomia para elaborar e cumprir um plano olímpico. Não sabem o que vai acontecer daqui a um ano. Não sabem nem se ainda serão os técnicos. Por conta desta situação de incertezas, temos uma distorção de funções: temos presidentes de federações estaduais que acumulam o cargo de técnicos da seleção brasileira e outros cargos. Atletas que além de serem atletas são técnicos de equipes, atletas dirigentes e outras várias situações contraditórias. Se cada um exercesse apenas uma função com competência e se o planejamento técnico fosse elaborado por critérios exclusivamente técnicos, teríamos um futuro muito melhor.
Após a decepção da Olimpíada de 2000 quando o Brasil dirigido por Radamés Latari foi eliminado pela Argentina nas quartas de finais, começou a era Bernardinho na seleção masculina. O treinador vinha de duas medalhas de bronze com o time feminino.
E já em 2001, o Brasil conquistou a Liga Mundial ( a 2º da história) de forma arrasadora: 16 vitórias e apenas uma derrota para os EUA na fase de classificação. Um time que mesclou remanescentes da Olimpíada como Maurício, Giovane e Nalbert, com novatos como André Nascimento, Henrique e Anderson. Um time que seria campeão olímpico em 2004. Na semifinal batemos a Rússia por 3 sets a 2, no jogo mais difícil. Na final, fizemos 3 a 0 na antes temida Itália, que a partir dali virou nossa freguesa.
A campanha: Holanda 2 x 3 Brasil, Holanda 1 x3 Brasil, Alemanha 1 x 3 Brasil, Alemanha 1 x 3 Brasil, EUA 0 x 3 Brasil, EUA 0 x 3 Brasil, Brasil 3 x 0 EUA, Brasil 3 x 0 EUA, Brasil 3 x 0 Holanda, Brasil 3 x 2 Holanda, Brasil 3 x 0 Alemanha, Brasil 3 x 1 Alemanha. Na 2º fase: Brasil 3 x 1 Polônia, Brasil 3 x 1 Iugoslávia e Brasil 3 x1 França. Na semifinal Brasil 3 x 2 Rússia e na final Brasil 3 x 0 Itália ( 25/15, 25/22, 25/19)
Elenco brasileiro: levantadores: Maurício e Ricardinho, líbero: Serginho, pontas: André Nascimento, Anderson, Giba, Dante, Nalbert e Giovane, meios de rede: Henrique, André Heller, Gustavo
Confira o vídeo com reportagem de Marcos Uchoa, descrevendo a partida final. A narração é de Maurício Torres.
O ano de 2013 será repleto de mundiais em dezenas de modalidades olímpicas. Destaco todas elas nesta postagem e ainda as principais competições no basquete e vôlei. Confira:
JANEIRO
11 a 27 - mundial de HANDEBOL MASCULINO na Espanha. Expectativa é que o Brasil avance ao menos da primeira fase.
MAIO
13 a 20- mundial de TÊNIS DE MESA em Paris, França. Seleções masculina e feminina já deverão contar com alguma renovação
JULHO dia 15- final da LIGA MUNDIAL de VÔLEI- masculino- Expectativa para saber como Bernardinho montará a nova seleção brasileira, sem Giba, Serginho, Ricardinho, Dante e outros que estiveram na Olimpíada.
15 a 21- mundial de TAEKWONDO em Puebla no México. Além dos eternos Diogo Silva e Natalia Falavignia, poderemos ter algumas promessas como Katia Arakaki e Guilherme Dias.
19 de julho a 4 de agosto- mundial de ESPORTES AQUÁTICOS em Barcelona, Espanha ( incluí natação, saltos ornamentais, maratona aquática, nado sincronizado e polo-aquático). Expectativa para saber se continuaremos a depender de Cesar Cielo e Thiago Pereira na natação. Se Bruno Fratus ( foto) conseguirá uma medalha nos 50 livres. Se evoluiremos no polo-aquático e teremos algum novo nome nos saltos ornamentais. E qual será o desempenho de Ana Marcela Cunha na maratona aquática.
AGOSTO- o mês repleto de competições
4 a 11- mundial de BADMINTON em Guangzhou na China. Expectativa para que o Brasil possa pelo menos levar representantes no masculino e feminino.
6 a 14- mundial de ESGRIMA em Budapeste- Hungria. Guilherme Toldo poderá se tornar o principal atleta do Brasil na modalidade. 10 a 18 - mundial de ATLETISMO na Rússia. Principais atletas brasileiros. Como será o desempenho de Fabiana Murer na busca pelo bi? Geisa Arcanjo e Mauro Vinícius da Silva continuarão evoluindo?
15 a 21 de agosto- mundial de PENTATLO MODERNO em Taipei. Expectativa pelo desempenho de Yane Marques, pós medalha olímpica. Ela manterá a boa fase?
25 de agosto a 1 de setembro- mundial de REMO na Coréia do Sul. Será que o Brasil mandará representantes para as provas olímpicas?
20 de agosto a 1 de setembro- BASQUETE- Copa América masculina na Venezuela. Brasil deve conseguir classificação para o mundial com tranqüilidade. Mas será que contaremos com os atletas da NBA?
27 de agosto a 1 de setembro- CANOAGEM- Mundial de velocidade na Alemanha. Veremos a evolução de Ronilson Oliveira e Erlon Souza, além do desempenho de Nivalter Santos.
31- Final do GRAND PRIX de VÔLEI- feminino. No feminino, José Roberto Guimarães deverá dar folga para algumas campeãs olímpicas.
SETEMBRO
dia 1- mundial de JUDÔ no Rio de Janeiro. Novamente sediaremos um mundial e como sempre teremos um time forte com Rafael Silva ( foto), Sarah Menezes, Felipe Kitadai, Mayra Aguiar, Rafaela Silva, etc.
11 a 15- mundial de CANOAGEM SLALOM na República Tcheca. Veremos nossas jovens revelações Pepe e Ana Sátila contra os melhores do mundo.
16 a 22- mundial de LUTA em Budapeste, Hungria. Expectativa de boa participação no feminino com Aline Ferreira, Joice Silva e Dailane Gomes.
29 de setembro a 6 de outubro- mundial de TIRO COM ARCO em Antalya na Turquia. Outra modalidade que promete evolução, com os jovens Fabio Emilio, Daniel Xavier e Bernardo Oliveira.
30 de setembro a 6 de outubro- Mundial de GINÁSTICA ARTÍSTICA em Antuérpia na Bélgica. Expectativa de medalha com Arthur Zanetti e boas participações de Arthur Nory, Sérgio Sasaki ( foto) e Francisco Barreto.
Copa América de BASQUETE feminina. Não achei a data de início e término. Primeira grande competição após o mau desempenho em Londres.
OUTUBRO
4 a 20- Campeonato mundial de BOXE no Casaquistão. Como será o desempenho dos nossos medalhistas olímpicos Esquiva e Yamaguchi Falcão?
16 a 23 de outubro- mundial de LEVANTAMENTO DE PESO na Polônia. Expectativa de uma boa participação de Jaqueline Ferreira.
DEZEMBRO de 7 a 22 de dezembro- Mundial de HANDEBOL feminino na Sérvia
Se agora em 2012 tivemos o ouro olímpico de Sarah Menezes, a primeira medalha do judô feminino só surgiu em 2008 na categoria até 57kg, com KETLEYN QUADROS, após batermos na trave em algumas Olimpíadas.
A brasiliense de 21 anos na época conquistou uma medalha surpreendente, assim como aconteceu com Felipe Kitadai agora em 2012. Ketleyn foi a Olimpíada de Pequim após a experiente Daniele Zangrando se contundir.
A brasileira estreou com vitória sobre Sinyoung Kang da Coréia do Sul. Na 2º luta perdeu para a futura medalhista de prata Débora Gravenstijin da Holanda. Como a adversária avançou na chave, a brasileira foi para a repescagem. Na 1º luta bateu a espanhola Izabel Fernandes, ouro em Sidney 2000. Depois, vitória sobre Aiko Sato do Japão por ippon. O bronze veio com a vitória sobre Maria Pekli da Austrália no golden score. O ouro ficou com Giulia Cantavalle da Itália.
Ketleyn não conseguiu repetir o judô apresentado em solo chinês no ciclo para Londres e acabou ficando fora da Olimpíada de 2012. Mas tem totais condições de estar na Rio 2016.
Meu entrevistado hoje é uma jovem promessa do golfe brasileiro, Daniel Stapff. A modalidade estreará na Olimpíada do Rio e Daniel pode ser um dos nossos representantes. Daniel respondeu a 6 perguntas abordando diversos aspectos da modalidade 1- Como você começou no golfe e porque escolheu o esporte? Comecei quando tinha 11 anos por acaso. Meu pai era profissional de tênis e esperava seguir seus passos. Em 2001 estávamos jogando um torneio de tênis num resort com campo de golfe e decidimos experimentar. Meu pai se apaixonou de primeira, mas eu demorei um tempo pra gostar do esporte. Mais ou menos um ano depois comecei a pegar o gosto pelo golfe e a treinar mais intensamente.
2- O Brasil não tem um atleta de destaque no golfe internacional. Vários atletas tem praticamente o mesmo nível. Isso aumenta a sua possibilidade de ser um dos representantes do Brasil na Olimpíada de 2016? Participar das Olimpíadas de 2016 é meu principal objetivo atualmente. É verdade que o Brasil não possui muitos jogadores de destaque a nível internacional, mas sei que isso esta prestes a mudar. Existem alguns caras muito talentosos despontando em níveis de base e em tours menores pelo mundo. Todos eles são grandes candidatos a representar o Brasil no golfe daqui 4 anos. Espero estar nesse seleto grupo. 3- De 0 a 10 qual a importância da técnica e qual a importância da concentração para um jogador de golfe? Acredito que no nível profissional, a grande maioria dos jogadores possuem uma técnica muito aprimorada, e consequentemente muito similar a dos outros competidores. Então, quem realmente se destaca é porque possui um psicológico melhor. Em níveis amadores, a técnica com certeza pesa mais, mas no golfe de alto rendimento acredito que a parte mental seja em torno de 70 a 80% do jogo.
4- Quantas horas você treina por dia ou semana e como é seu treinamento? Eu possuo diferentes níveis de treinamentos. Na pré-temporada, quando não tenho competições, trabalho mais na parte técnica e física. Nessa época, treino de 8 a 10 horas por dia entre golfe, preparação física e mental. Quando começo as competições, existem semanas de torneio e as chamadas semanas "de folga" entre torneios. Nessas semanas "de folga," faço um treinamento mais específico em relação a estratégia de jogo, diferentes tipos de tacadas, e muito short game (jogo curto, muito importante em torneios). Nessa semana, o treino físico é um pouco menos intenso mas ainda sim de evolução. O treino vai de 6 a 8 horas diárias. Nas semanas de torneio, o treino é concentrado nas necessidades específicas do campo onde estou jogando, que variam de semana para semana. É um treino mais leve e descontraído, visando descansar pra competição. O treino físico em semanas de torneio é meramente pra manter o que tenho no momento, sem forçar para não prejudicar o desempenho em campo. Nessas semanas, o treino vai de 4 a 6 horas diárias.
5- O que é preciso para o golfe brasileiro conseguir melhores resultados internacionais na sua opinião? Acredito que o golfe tem o mesmo problema que a maioria dos esportes no Brasil. Nossa cultura dá muita importância ao futebol e praticamente esquece dos outros esportes olímpicos. Isso prejudica a imagem e o conhecimento público dos mesmos. Consequentemente, existem menos investimentos e menor visibilidade para que atletas de ponta possam atingir seu potencial máximo em seus esportes. Especificamente no caso do golfe, precisamos que os brasileiros conheçam mais sobre o esporte, que atualmente têm uma imagem de ser chato e parado, o que não é verdade. Mais conhecimento público, mais visibilidade, e mais investimentos tanto financeiros como em outras áreas são indispensáveis para obter atletas com níveis mais elevados internacionalmente. 6- Cite quem te apoia e seus patrocinadores? Primeiramente, meus maiores apoiadores são meus pais. Eles sempre foram os que mais me ajudam em todos os sentidos desde que comecei a competir. Tenho uma equipe que conta com uma psicóloga esportiva, a Dra. Flávia Focaccia Justus, que trabalha com vários atletas de ponta de diversos esportes; um coach nos Estados Unidos, Jimmy Stobs, que possui experiência internacional em competições de alto nível e me ajuda com a parte estratégica do jogo; e meu treinador no Brasil, Patrick Caussin, que considero ser meu segundo pai. Ele é meu treinador desde que tinha 12 anos, me conhece muito bem, e sabe muito da parte técnica do esporte. Todos eles trabalham comigo voluntariamente e estão comigo sem nenhum interesse além de me ajudar a chegar aos meus objetivos. Também tenho meu manager, Fernando Pereira, que junto com a empresa espanhola BOY, gerencia minha carreira. O clube onde eu treino em Curitiba, Alphaville Graciosa Clube, também me apoia, e o Governo do Paraná, através do programa TOP 2016, me ajuda a bancar alguns custos de treinamento. Ainda não tenho nenhum patrocinador oficial.
Meu falecido pai, Humberto Romano foi um excelente jogador de tênis de mesa. Chegou a ser campeão brasileiro de veteranos nos anos 90 e treinou muitos atletas que chegaram a seleção nas décadas de 70 e 80. Quando eu era adolescente, cheguei a treinar com meu pai no Palmeiras.
No caminho até o clube, ele sempre contava os feitos do maior jogador de TÊNIS de MESA que o Brasil já teve, Ubiraci Costa, o BIRIBA, hoje com 67 anos. Biriba foi um fenômeno brasileiro na modalidade e só não disputou uma Olimpíada porque o tênis de mesa se tornou olímpico apenas em 1988. Com 11 anos Biriba já jogava entre os adultos. Aos 13 anos faturou o sul-americano individual. No mesmo ano, o campeão mundial Toshiaki Tanaka e o vice Ichiro Ogimura, ambos japoneses, vieram ao Brasil ministrar clínicas. Biriba, com 13 anos fez 7 jogos contra Tanaka e venceu 4. Contra Ogimura, jogando no Ibirapuera lotado conseguiu nova vitória. A partida foi assistida pelo então prefeito de São Paulo, Adhemar de Barros. Biriba se tornou uma figura tão popular quanto Pelé e Maria Esther Bueno. Aos 14 anos, em 1959, Biriba derrotou o campeão europeu no mundial e ajudou o Brasil a ser 6º por equipes, melhor classificação brasileira em mundiais por equipes. No mundial de 1961 eliminou Jung Kuo Tuan, chinês que jogava diante de um ginásio lotado e buscava o bicampeonato. Biriba chegou a ser considerado o 9º melhor do planeta. Em 1963, Biriba aceitou um convite dos Harlem Globetrotters para fazer exibições de tênis de mesa nos EUA. Ficou 6 meses por lá. Quando voltou, foi suspenso pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa. A alegação: profissionalismo, proibido no esporte na época. A desilusão com a estrutura do esporte no Brasil fez Biriba deixar o tênis de mesa aos 21 anos, em 1966. Fez faculdades de economia e contabilidade. Prestou concurso e foi trabalhar na Secretaria da Fazenda em São Paulo. Só voltou a jogar em 1995, já na categoria veteranos. Hoje ainda disputa competições. A empresa japonesa de artigos de tênis de mesa, Butterfly criou uma raquete com o nome de Biriba. Já foram vendidos mais de 20 milhões de exemplares dessa raquete.
Confiram uma matéria exibida pelo Sportv sobre a trajetória de Biriba
Coube ao nosso medalhista olímpico Rafael Silva, a melhor colocação do Brasil no Grand Slam de Tókio. Ele foi prata na categoria acima de 100 kgperdendo na final para Kim Sung Min da Coréia após vencer 3 lutas sendo duas contra japoneses. Ainda neste domingo, outra medalha veio com Maria Suelen na categoria acima de 78kg. Já Renan Nunes e Luciano Correa perderam logo na estréia na categoria até 100kg. Na sexta e sábado o Brasil tinha obtido outros 3 bronzes com Victor Penalber, Rafaela Silva e Felipe Kitadai. No quadro de medalhas o Japão ficou em 1º com 10 medalhas de ouro em 14 disputadas. O Brasil foi 5º atrás de Coréia, Holanda e Cuba. Vale lembrar que o Brasil não contou com Mayra Aguiar, Tiago Camilo, Leandro Guilheiro e Sarah Menezes. SALTOS ORNAMENTAIS- RESULTADOS DO TROFÉU BRASIL Uma atleta da paraíba, Luana Lira, foi um dos destaques do Troféu Brasil realizado neste fim de semana no Rio de Janeiro. Ela venceu a prova de trampolim 3 metros, superando as favoritas Tammy Galera e Milena Sae. Na plataforma feminina vitória de Ingrid de Oliveira com Milena Sae em segundo. Dentre os homens, Cesar Castro confirmou o favoritismo e venceu no trampolim 3 metros. Na plataforma, Rui Marinho ( foto) foi o campeão. Dentre as duplas de saltos sincronizados, os vitoriosos foram Rui Marinho/ Marcio Lopes no masculino e as gemeas Nicoli Cruz/ Natali Cruz. RESULTADO DA ENQUETE Em qual cidade você gostaria que fosse realizada a Olimpíada de 2020? 40% Madri, 36% Istambul e 24% Tókio
GOLFE- PGA DA COLÔMBIA Daniel Stapff terminou em 35º na etapa da Colombia do PGA Latinoamérica. O campeão foi Sebastian Fernandez da Argentina . De 3 a 9 de dezembro acontece a Olivos Golf Classic em Buenos Aires.
RUGBY- BRASIL EM ÚLTIMO NA ETAPA DE DUBAI DO CIRCUITO MUNDIAL Para ganhar mais experiência internacional a seleção feminina de rugby sevens disputou em Dubai uma etapa do circuito mundial e acabou ficando em último entre as 12 seleções com derrotas para Espanha, Inglaterra, África do Sul, França e China. O único jogo em que a seleção conseguiu equilibrar foi contra a China. Perdemos de 19 a 17 FUTEBOL FEMININO- SELEÇÃO DE TÉCNICO NOVO PARA TORNEIO EM SP Jorge Barcellos que comandou a seleção feminino na fraca campanha da Olimpíada acabou sendo demitido. O novo técnico é Marcio de Oliveira de 53 anos, que comanda o São José, onde atuam Formiga e Cristiane. De 9 a 19 de dezembro a seleção joga o já tradicional Torneio Cidade de São Paulo no estádio do Pacaembu. Mais uma vez os adversário serão de nível duvidoso: México que sempre toma goleadas do Brasil, Portugal que eu nunca vi em competições femininas de alto nível e a Dinamarca, que já teve alguma tradição. Porque não trazer EUA, Japão, Suécia, França ou até mesmo o Canadá, campeão em 2010 para a disputa? Os destaques dentre as convocadas continuam sendo Marta, Érika, Cristiane e Thaisinha.